A antropóloga e professora Jacqueline Muniz, da Universidade Federal Fluminense (UFF), protocolou um pedido de proteção junto ao Programa de Defensores de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos, após relatar ter sido alvo de ameaças e ataques virtuais. A solicitação foi formalizada na última segunda-feira (03), conforme divulgado pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Segundo Jacqueline, as intimidações começaram depois que ela fez críticas públicas à Operação Contenção, conduzida pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes nos complexos do Alemão e da Penha. A professora relatou que passou a ser perseguida, fotografada em locais públicos e a receber mensagens de teor agressivo.
O pedido foi encaminhado pelo gabinete do vereador Leonel de Esquerda (PT) e pelo advogado Carlos Nicodemos, integrante do Conselho Nacional de Direitos Humanos. O caso reacende o debate sobre segurança de pesquisadores, comunicadores, ativistas e especialistas que se posicionam sobre ações do Estado e acabam sendo alvos de hostilidade digital.