Na Marejada, o cheiro da sardinha na brasa é mais do que um convite ao paladar. É um símbolo que traduz história, trabalho e memória afetiva. Desde 1988, o sabor que começou com uma pequena grelha se transformou em um dos maiores ícones da festa.
Quem relembra essa trajetória é o itajaiense que ajudou a criar a tradição. “Nós iniciamos em 1988 aqui na Marejada. Na época, tínhamos cozinha industrial e restaurante em Itajaí. Em 1989, introduzimos a sardinha na festa. Começou como uma pequena brincadeira de assar um peixinho, com uma grelinha só, uma churrasqueira bem pequenininha”, recorda Heriberto Cadore.
O sucesso foi imediato. O que era um gesto simples virou costume e, com o passar dos anos, se consolidou como uma das experiências mais esperadas pelos visitantes. Hoje, o ponto da sardinha é parada obrigatória de quem vem à Marejada.
A tradição é mantida com o mesmo cuidado de sempre. “Felizmente, ela se tornou o xodó da festa. A expectativa é vender de 1.500 a 2.000 quilos de sardinha durante a Marejada”, afirma.
Mais do que um prato, a sardinha é parte da alma da festa. Representa o esforço de quem acreditou na cultura e ajudou a transformar uma ideia simples em um símbolo de Itajaí.
Na Marejada cada grelha acesa conta uma história — e a da sardinha segue sendo uma das mais saborosas.