O líder venezuelano Nicolás Maduro, em tom exaltado, desafiou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, poucas horas após o Departamento de Justiça norte-americano anunciar uma recompensa de até US$ 50 milhões por informações que levem à sua captura.
“Venha me buscar… Eu te espero em Miraflores, covarde”, gritou Maduro, referindo-se ao palácio presidencial de Caracas, onde comanda há mais de uma década um regime marcado por denúncias de repressão, censura, prisões políticas e crise humanitária.
O anúncio dos EUA aponta Maduro como chefe do chamado Cartel de los Soles, organização criminosa acusada de enviar toneladas de cocaína para América do Norte e Europa. A medida integra a ofensiva de Washington contra o crime organizado na América Latina e mira diretamente o núcleo do chavismo, sustentado por forças militares leais e alianças com países como Rússia, Irã e Cuba.
Enquanto a Casa Branca considera Maduro uma ameaça à segurança nacional, o regime insiste na narrativa de “perseguição imperialista” — discurso enfraquecido após anos de colapso econômico, êxodo em massa e eleições questionadas.
A tensão diplomática aumenta após os EUA fecharem um acordo com Trinidad e Tobago que autoriza a presença de tropas americanas na ilha em caso de conflito na Venezuela, transformando o território em ponto estratégico para cercar o regime chavista.