O "tarifaço" americano, previsto para 1º de agosto, já impacta Santa Catarina, suspendendo embarques e ameaçando a indústria local. O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, alerta para a inação do governo federal, que ignorou os sinais e agora coloca em risco a espinha dorsal da economia catarinense. Os EUA são nosso principal destino de exportações, e redirecionar a produção é uma ilusão a curto prazo.
A resiliência do industrial catarinense é posta à prova por essa sequência de "surpresas negativas", somada a políticas internas questionáveis e uma diplomacia que opta por provocações em vez de diálogo. Essa postura mina a confiança, compromete investimentos e ameaça milhares de empregos.
Não é hora de populismo, mas de realismo e ações coordenadas. Empresários e congressistas devem intensificar negociações com os EUA. Acima de tudo, a diplomacia brasileira precisa agir com objetividade, priorizando os interesses do Brasil. É urgente estender o prazo das tarifas para permitir negociações e reorganização das empresas. Proteger o futuro que construímos é nossa responsabilidade agora.