A Coreia do Norte declarou, neste sábado (12), que está preparada para desencadear uma resposta militar a qualquer ameaça oriunda dos Estados Unidos, Japão ou Coreia do Sul. A afirmação coincide com a recente realização de exercícios aéreos tripartites que contaram com a participação de um bombardeiro estratégico B‑52 da Força Aérea dos EUA, sobre águas internacionais próximas à costa sul-coreana.
As manobras, promovidas em 11 de julho, tinham como objetivo reforçar a capacidade de dissuasão das três nações diante dos crescentes programas nucleares e de mísseis norte-coreanos.
Contudo, Pyongyang condenou os exercícios como "provocatórios" e afirmou que qualquer operação percebida como ameaça será fortemente respondida, com emprego de "força militar legítima e decisiva".
O governo norte-coreano — por meio de sua imprensa oficial — disse que as atividades conjuntas constituem uma provocação direta e que Pyongyang dispõe de “total capacidade para repelir ameaças externas com poder devastador”.
Especialistas internacionais destacam que a escalada nas atitudes de Pyongyang coincide com o fortalecimento dos laços militares entre os EUA, Japão e Coreia do Sul, incluindo a presença inédita em 2025 de um B‑52 na região.
Ao mesmo tempo, a Coreia do Norte vem aprofundando sua parceria com a Rússia, fornecendo tropas e munições em troca de apoio logístico e militar.
Até o momento, as autoridades de Seul, Tóquio e Washington ainda não emitiram um posicionamento formal sobre a ameaça mais recente, mas mantêm o foco no compromisso mútuo de defender a estabilidade e a paz na península e na região do Indo‑Pacífico.
Panorama e contexto:
Auxiliares militares dos EUA, Japão e Coreia do Sul apontam que tais exercícios anuais visam aprimorar os protocolos de cooperação e vigilância conjunta, especialmente frente à expansão nuclear e mísseis de Pyongyang.
Por outro lado, Pyongyang insiste que essas incursões aéreas simulam tentativas de ataque preventivo, reforçando sua justificativa para adoção de postura militar ativa.
A tensão persiste, com o risco de um eventual agravamento caso novas manobras conjuntas sejam anunciadas — cenário que deixa analistas alertas para a possibilidade de incidentes militares no futuro.