segunda, 21 de abril de 2025
Economia
17/03/2025 | 10:54

Mercado reduz projeção de inflação para 2025, mas Selic deve subir novamente

Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central reduziram para 5,66% a expectativa de inflação para 2025. A projeção, divulgada nesta segunda-feira (17) no Relatório Focus, representa uma leve melhora no cenário inflacionário, embora ainda acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.
 
Ao mesmo tempo, o mercado mantém a previsão de um novo aumento da taxa Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para quarta-feira (19). A expectativa é de um ajuste de 1 ponto percentual, elevando a taxa básica de juros dos atuais 13,25% ao ano para 14,25% ao ano. Essa seria a quinta alta consecutiva na tentativa de conter a inflação.
 
Copom mantém postura cautelosa
Na ata da última reunião, o Copom indicou que os juros poderiam alcançar 14,25% ao ano, mas sem sinalizar o fim do ciclo de alta. O comitê reforçou que futuras decisões dependerão do comportamento inflacionário, mantendo o compromisso de convergência da inflação à meta.
 
A previsão de juros elevados se estende para os próximos meses. Analistas mantêm a expectativa de que a Selic chegue a 15% até o fim de 2025. Somente a partir de 2026 haveria uma redução gradual, com a taxa projetada em 12,5%, seguida de 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
 
Inflação segue acima da meta
Mesmo com a leve queda na projeção para 2025, o IPCA continua acima do intervalo de tolerância. Em fevereiro, o índice teve alta de 1,31%, a maior para o mês em 22 anos, puxado pelo aumento da energia elétrica. Para março, a expectativa é de um crescimento menor, de 0,56%.
 
O mercado também ajustou as previsões para os anos seguintes. A inflação esperada para 2026 subiu de 4,4% para 4,48%, enquanto para 2028 a estimativa passou de 3,75% para 3,78%. A projeção para 2027 segue estável em 4%.
 
O Banco Central segue utilizando a Selic como principal instrumento de controle da inflação, elevando os juros para desestimular o consumo e conter a alta dos preços. No entanto, com a inflação acima da meta e as taxas de juros em níveis elevados, o cenário econômico ainda inspira cautela.

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