quarta, 19 de fevereiro de 2025
Política
29/01/2025 | 14:18

Gleisi Hoffmann vai ser ministra no governo Lula

Gleisi Hoffmann e Lula (Foto: Adriano Machado / Reuters)
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já definiu ao menos uma das mudanças que pretende fazer em sua equipe ministerial: a nomeação da atual presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para a Secretaria-Geral da Presidência, substituindo Márcio Macêdo, conforme revelaram fontes à agência Reuters.
 
Esse cargo faz parte do grupo restrito de ministros que atuam diretamente no Palácio do Planalto e possuem acesso irrestrito ao presidente.
 
No entanto, o anúncio oficial não deve ocorrer de imediato. Lula planeja promover outras alterações no alto escalão em fevereiro, logo após a eleição das mesas diretoras da Câmara e do Senado. Essas mudanças são vistas como necessárias tanto para aprimorar a gestão quanto para equilibrar forças políticas que atualmente sustentam o governo.
 
Segundo uma das fontes, Gleisi manifestou interesse em assumir a Secretaria-Geral, responsável pelo diálogo com movimentos sociais, ou o Ministério do Desenvolvimento Social, pasta voltada especialmente ao programa Bolsa Família, atualmente sob o comando de Wellington Dias.
 
O presidente chegou a oferecer a ela o Ministério das Mulheres, uma vez que a atual ministra, Cida Gonçalves, teria demonstrado desejo de deixar o governo, mas Gleisi recusou a proposta.
 
Para assumir o ministério, Gleisi precisará deixar a presidência do PT, o que deve ocorrer apenas em julho, com a eleição da nova diretoria. Até lá, de acordo com o estatuto do partido, um integrante da direção pode assumir o cargo temporariamente.
 
REFORMA MINISTERIAL
 
O desenho completo da reforma ministerial ainda está mais claro na mente do presidente do que entre seus aliados, mas é sabido que Lula tem desafios a resolver.
 
Um dos principais impasses é encontrar espaço no primeiro escalão para os atuais presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
 
Lira tem preferência pelos ministérios da Saúde ou da Agricultura, o que poderia implicar a substituição de um dos ministros mais próximos de Lula, Carlos Fávaro (PSD). Já Pacheco, que pode concorrer ao governo de Minas Gerais em 2026 e abrir palanque para Lula, teria interesse no Ministério da Justiça. No entanto, para isso, Ricardo Lewandowski — que atendeu a um pedido direto do presidente para retornar à vida pública após se aposentar do Supremo Tribunal Federal (STF) — precisaria deixar o cargo.
 
Uma alternativa considerada é deslocar Pacheco para o Ministério de Minas e Energia, atualmente comandado por Alexandre Silveira, uma vez que ambos pertencem ao PSD.
 
Além disso, dentro do PSD, Lula precisa solucionar disputas internas por espaço na Câmara. Deputados da legenda alegam que o Ministério da Pesca, ocupado por André de Paula (PE), é insuficiente para atender às demandas da bancada.
 
O formato final da reforma ministerial, contudo, só deve ser definido após a eleição das novas mesas diretoras da Câmara e do Senado, prevista para o próximo final de semana, segundo as fontes.

JORNAL IMPRESSO
14/02/2025
07/02/2025
31/01/2025
24/01/2025

PUBLICIDADE
+ VISUALIZADAS