quarta, 19 de fevereiro de 2025
Cultura
23/01/2025 | 18:48

Fernanda Torres é indicada a melhor atriz no Oscar 2025 por 'Ainda estou aqui'

Fernanda Torres foi indicada ao Oscar 2025 na categoria de Melhor Atriz por sua atuação em "Ainda Estou Aqui", anúncio feito nesta quinta-feira (23). A obra original do Globoplay também figura entre os indicados a Melhor Filme Internacional e, de forma inédita para o cinema brasileiro, conseguiu uma vaga na categoria de Melhor Filme.
 
A cerimônia do Oscar 2025 está marcada para o dia 2 de março, em Los Angeles, com apresentação de Conan O'Brien.
 
A atriz brasileira disputa o prêmio com Mikey Madison ("Anora"), Demi Moore ("A Substância"), Karla Sofía Gascón ("Emilia Pérez") e Cynthia Erivo ("Wicked").
 
Esta indicação acontece 26 anos após sua mãe, Fernanda Montenegro, ter sido indicada ao mesmo prêmio por "Central do Brasil" (1998), também dirigido por Walter Salles. Foi a última vez que o Brasil teve representantes nas categorias de atuação.
 
"Eu só não quero que as pessoas pensem que, se o prêmio não vier, isso significa que o filme perdeu", afirmou Fernanda Torres ao portal G1 na época do lançamento do longa, em novembro.
 
Para a atriz, embora as premiações ajudem a popularizar a obra entre o público brasileiro – e mesmo que alguns vejam nisso uma oportunidade de corrigir a "injustiça" da derrota de sua mãe em 1999 –, o impacto do filme não depende de uma estatueta.
 
"Para isso, o prêmio não é necessário. Isso já está acontecendo. Pessoas que normalmente não falam sobre cinema – porque o Brasil tem uma relação de amor e ódio com seu próprio cinema, né? Tem momentos de paixão profunda e outros de rejeição. Eu já percebo isso com o cara da esquina. Ele sabe do filme, entende?", comentou.
 
A indicação de Fernanda Torres foi fortalecida por sua vitória no Globo de Ouro 2025 na categoria de Melhor Atriz em Drama. Curiosamente, ela quase não integrou o elenco do filme, já que a primeira escolha do diretor para o papel foi Mariana Lima.
 
O filme é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva e retrata a transformação da mãe do escritor – uma dona de casa dos anos 1970 e mãe de cinco filhos – em uma das mais importantes ativistas de Direitos Humanos no Brasil. A história aborda sua luta após o assassinato do marido, o ex-deputado Rubens Paiva, pelo regime militar.

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