Polícia
29/11/2024 | 10:29
Casal assassinado com requintes de crueldade no bairro Espinheiros: motivação ainda é mistério
Na madrugada de sábado, um crime brutal chocou Itajaí. Um casal foi assassinado ao chegar em casa, onde foi surpreendido por dois homens que já os aguardavam. As vítimas foram mortas com requintes de crueldade: amarradas, amordaçadas e asfixiadas.
A violência do crime e a forma como foi executado levantam a hipótese de uma motivação emocional ou de ódio. Segundo especialistas em psicologia forense, esse tipo de ato geralmente é cometido por pessoas que têm um forte ressentimento contra as vítimas. "O modo como o crime foi praticado sugere que os assassinos tinham um objetivo que ia além do roubo, possivelmente um desejo de infligir sofrimento. Isso indica uma relação emocional ou um desejo de vingança", avalia a psicóloga criminalista Ana Lúcia.
Detalhes do crime levantam dúvidas
Apesar da violência extrema, os assassinos remexeram apenas o quarto do casal e não levaram nenhum objeto de valor, como joias ou eletrônicos. Essa peculiaridade ganhou ainda mais destaque após a prisão de dois homens essa semana, que invadiram a casa do casal dias após o assassinato. Diferentemente dos assassinos, esses indivíduos roubaram joias, relógios e televisores, o que descarta o latrocínio como motivação inicial do crime.
A polícia trabalha com a possibilidade de que o homicídio tenha sido planejado com outro propósito, ainda não esclarecido.
"Quando não há subtração de bens em um crime como esse, a motivação geralmente está ligada a questões pessoais, como disputas, traições ou vinganças", explica o psiquiatra forense Marcos Dantas.
Investigação em curso
Até o momento, quatro pessoas foram presas, justamente os que entraram na casa e roubaram os objetos e os receptadores. Mas não se sabe ainda se há relação com o crime. A polícia segue analisando imagens de câmeras de monitoramento na região e interrogando testemunhas para identificar os verdadeiros assassinos e entender o que os motivou a agir com tamanha crueldade.
Para os investigadores, a chave para desvendar o crime está no contexto das relações pessoais das vítimas e nos detalhes do planejamento dos assassinos.
"A ausência de roubo e o uso de métodos que indicam tortura emocional e física nos dizem muito sobre a intenção dos criminosos. Estamos montando o quebra-cabeça para chegar à resposta", dizem os delegados responsáveis.
Clamor por respostas
A brutalidade do crime mobilizou a comunidade de Itajaí, que pede por justiça e teme pela segurança local.
Enquanto isso, as investigações avançam, trazendo à tona a pergunta que ainda paira no ar: se os assassinos não queriam os bens materiais, o que realmente os levou a cometer tamanha atrocidade?
A polícia espera concluir as investigações nos próximos dias e trazer à luz as respostas que a comunidade tanto espera.
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