Fevereiro de 1715: “Na ocasião, o Sargento Mor Manoel Gonçalves de Aguiar desembarcou na Praia de Itapocoróy para missão de reconhecimento da costa catarinense para capturar criminosos na região”. O relato está no livro “História de São Francisco do Sul’ do autor Carlos da Costa Pereira e é o registro histórico mais antigo de Penha. De lá pra cá, são mais de 300 anos de história, e por isso, o professor e Superintendente da Fundação Cultural Picucho Santos, Eduardo Bajara, realizou uma cronologia histórica com mais de 50 fatos e acontecimentos de Penha, passando pelas fases históricas do Brasil, desde a colonial, imperial, republicana, militar e época moderna, em nossos dias atuais.
“Em fevereiro de 1715 como prometera, o Sargento retorna vila, só que por terra sem avisar ninguém. Havia desembarcado com sua tropa de soldados em Itapocoroy e seguido a pé até São Francisco do Sul. E tinha motivo para isso: pegar de surpresa o Cabecinha”, diz o trecho do livro.
“A menção de Itapocoróy veio na tentativa de captura do fugitivo Cabecinha e seu bando. Pra desembarcar aqui, com uma tropa de soldados, temos três opções: a primeira é de que já teriam moradores no local, a segunda é a possibilidade do local ser usado para embarque e desembarque ou ainda para conserto de avarias nas embarcações ou abastecimento de água. Dentre qualquer uma das possibilidades, o fato é: Penha já existia”, pontua Bajara.
Bajara lançou oficialmente o estudo, que resultou num trabalho inédito, no 3° Encontro de Turismo - Destino Penha/SC, idealizado pelo Núcleo de Turismo da ACIPEN, no final de outubro.
“Colocamos na cronologia o histórico desde quando os habitantes aqui ainda eram os indígenas da etnia guarani, passando pela miscigenação com portugueses, europeus, e passando por todo o desenvolvimento da cidade, como a emancipação político-administrativa em 1958, sendo os últimos fatos em 2024, com a inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto e o selo internacional de sustentabilidade Green Destination”, finaliza.
O material está disponível na Fundação Cultural (Rua Prefeito José João Batista, nº 465 – Centro), ou por meio digital através do whatsapp (47) 99129-2084 – Bajara ou (47) 3170-4285 – Fundação Cultural.
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO
Texto, Lyandra Machado, jornalista responsável
Fotos: Aleson Padilha/Prefeitura de Penha