sexta, 16 de maio de 2025
Geral
18/10/2024 | 08:57

Estudo desenvolvido por pesquisadores da Univali sugere a reabertura do canal do Linguado

​​​​​O resultado do estudo de modelagem hidrodinâmica sobre a reabertura do canal do Linguado, em São Francisco do Sul, coordenado por pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), foi apresentado para o Grupo Pró-Babitonga nesta terça-feira, 15, na sede do Ministério Público Federal (MPF) em Joinville.
 
O estudo, elaborado entre março de 2023 e setembro de 2024, sugere a reabertura parcial com 100 metros de extensão no segmento Sul. O objetivo da reabertura é restabelecer o fluxo hídrico original, contribuindo para a restauração do equilíbrio ecológico e o retorno dos processos naturais. O trabalho indica que pontes rodoviárias e ferroviárias precisariam ser construídas no local.
 
As conclusões do trabalho serão enviadas ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) pelo Grupo Pró-Babitonga. O estudo incluiu pesquisas de campo com coleta de dados como batimetria, correntes, nível da água, sedimentos e oxigênio dissolvido, além de análises e simulações numéricas da circulação hidrodinâmica, transporte de sedimentos e evolução morfológica.
 
A coordenadora do estudo, professora Cristina Ono Horita, explica que foram analisadas as possibilidades de abertura parcial de 75, 100 e 200 metros no aterro Sul do canal do Linguado, bem como o cenário de instalação de 12 tubos de cinco metros de diâmetro separados a cada 5 metros e a permanência do canal fechado até 2050.
 
“Em 2025 fará 90 anos do fechamento do canal e, além de impedir a passagem de embarcações, o aterro levou ao assoreamento no lado da Baia da Babitonga e a piora da qualidade ambiental das águas do canal do outro lado do aterro. Os processos erosivos são inevitáveis, independentemente da abertura do canal, visto que já vêm ocorrendo em pontos próximos a desembocadura do canal no município de Balneário Barra do Sul na situação atual do canal fechado. Em qualquer uma das situações será necessário implementar uma gestão integrada, com intervenções preventivas para a estabilização das margens, uso de técnicas de engenharia, soluções baseadas na natureza e monitoramento contínuo", complementa a pesquisadora.
 
A equipe que desenvolveu o estudo é formada pelos pesquisadores Mauro Michelena Andrade, Márcio Piazera, José Gustavo Natorf de Abreu, Marcos Berribili, Stévia Duarte Silva, Delamar Heleno Schumacher, Adelita Granemann, Franklin Misael Pacheco Tena, Guilherme Franz (Aquaflow Consultoria Ambiental), Bruna Alves, Lucas de Oliveira Scoz e Adosindro Joaquim Almeida.

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