O nome da direita
O governador reeleito de Goiás, Ronaldo Caiado, esteve em Santa Catarina no final da semana passada, onde proferiu uma palestra a convite da Federação das Indústrias de Santa Catarina sobre desenvolvimento econômico e equilíbrio fiscal, pontos cruciais de sua gestão no estado, que possui grande potencial no Centro-Oeste. Além disso, participou de conversas políticas.
Como não podia deixar de ser, reverenciou a figura do ex-senador, ex-governador e ex-ministro Jorge Bornhausen, que, por 14 anos, presidiu o Partido da Frente Liberal. Durante um grande período, Caiado foi deputado federal pela Frente Liberal, convivendo não apenas com Jorge Bornhausen, mas também com outros catarinenses marcantes na Câmara dos Deputados, como Paulo Bauer, que posteriormente foi senador pelo PSDB, e Valdir Colatto, atual secretário da Agricultura do Governo do Estado. O próprio Jorginho Mello, que também cumpriu dois mandatos de deputado antes de chegar ao Senado, sempre teve uma grande proximidade com Caiado.
O governador catarinense aproveitou esse novo encontro para insistir com Caiado no sentido de que ele assine ficha no PL, pois o União Brasil é hoje um partido controvertido, com figuras nebulosas como Davi Alcolumbre. E outras, não menos questionáveis, como ACM Neto, sendo uma verdadeira colcha de retalhos sem identidade programática e ideológica efetiva.
Sérgio Moro também está lá, fazendo do partido um grupo heterogêneo. Continuando no União Brasil, Caiado não será apoiado por Bolsonaro, e foi nessa direção que se deu a conversa de Jorginho Mello, sugerindo que Caiado se aproximasse de Bolsonaro no PL, tornando-se uma alternativa, assim como Tarcísio de Freitas, que até o final do ano vai trocar o Republicanos pelo PL. Também foi lembrado o nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Em sua passagem pelo estado, Caiado interagiu não só com lideranças do União Brasil, como o presidente do partido, deputado federal Fábio Schiochet, mas também com o ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro.