quinta, 28 de março de 2024
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16/02/2021 | 20:51

Coronavírus em SC: “Aprendi a valorizar e ser grato às pessoas”, afirma paciente que ficou 13 dias internado no Hospital Celso Ramos

O empresário Sandro Roberto da Silva, 45 anos, notou a febre e uma tosse no começo de janeiro. O morador do Rio Vermelho fez o exame de PCR para o diagnóstico da Covid-19 no dia 12 e, em 48 horas, veio o resultado positivo. Sandro enfrentou a evolução da doença até o dia 29 de janeiro, quando teve alta do Hospital Celso Ramos (HCR), onde ficou internado por 13 dias. Agora, trata algumas sequelas da doença e faz questão de agradecer o trabalho dos profissionais da unidade hospitalar e reforça os aprendizados que vieram no período mais difícil da doença. 

Sandro foi levado à unidade pela esposa, Viridiana Salviano da Silva, no dia 16 de janeiro, diante da piora dos sintomas. Sandro foi internado imediatamente na Enfermaria da Ala Covid.

“Não parava de tossir, não conseguia dormir. Quando cheguei ao hospital já estava ofegante, com pressão alta, muitos batimentos cardíacos, minha oxigenação no sangue estava em 80 e a febre não passava”, explica Sandro.

O morador de Florianópolis estava com um quadro clínico de febre alta, tosse e hipertensão. “Foi colocado cateter de oxigênio e ficou na enfermaria sendo observado. Porém, no dia 20, teve uma piora no quadro clínico, dessaturou e foi transferido para a UTI”, afirma a diretora geral do HCR, Elisângela Scheidt Roncalio, onde o paciente ficou cinco dias sendo monitorado com cuidados intensivos.

“A médica disse que eu seria transferido pra UTI para ter um cuidado maior e que não era pra eu me preocupar. Mas na hora passou um monte de coisa na minha cabeça. Deixei minha filha e esposa, pensei ‘não sei se volto’. É um negócio muito difícil, sabe? Mexe muito com a cabeça da pessoa”, desabafa Sandro.

Contato com a família

Os profissionais do Hospital Celso Ramos ligavam todos os dias para informar sobre a condição de saúde de Sandro, segundo Viridiana. “Quando ele estava na enfermaria, o Sandro ficava com o celular pra fazer as chamadas de vídeo comigo. Depois, quando ele foi pra UTI, todos os dias eles me passavam o boletim médico”, conta.

Sandro, a esposa Viridiana e a filha de 9 anos são naturais de São Paulo e vieram para Florianópolis há quatro anos em busca de qualidade de vida. “Todos os dias avisava a família que ficou em São Paulo com as informações do boletim médico”, explica Viridiana.

Saber ser grato

O tratamento dado no Hospital Celso Ramos foi excelente, segundo Sandro. “Desde as pessoas que fazem a limpeza até os médicos, todos sem exceção, fui tratado como um rei naquele hospital. Não tenho palavras de gratidão pra cada um deles, pelo que fizeram e fazem. Estão ali na linha de frente, correndo risco, dando o máximo deles pra cada vida que está ali. A minha gratidão pelos funcionários e todos que trabalham lá, em especial à doutora Letícia Bee, que mais me acompanhou no hospital, e todos que me atenderam”, agradece.

“Eu aprendi muito dentro daquela UTI. Saber valorizar, ser grato às pessoas e não esquecer isso. A gratidão é algo maravilhoso, desde que a gente reconheça isso”, emociona-se Sandro.

Sequelas do novo coronavírus

Sandro não se considerava uma pessoa dos grupos de risco para agravamento da Covid-19. “Eu nunca me internei, nunca fiquei doente, nunca tive problema de saúde. A hipertensão descobri no hospital. Eu estava acima do peso, mas não tenho vício, não bebo e não fumo. Era saudável”.

Depois de se curar da Covid-19, Sandro tenta se recuperar das sequelas. “Não consigo ter firmeza para andar direito, ainda fico cansado. Faço fisioterapia em casa para respiração e estou melhorando, minha voz já melhorou bastante, aos poucos as coisas vão normalizar”, acredita.

Um alerta para a população

A família de Sandro segue com os cuidados de higiene das mãos, uso de máscara e o distanciamento social. Depois de ter sentido a Covid de forma moderada e grave, ser intubado e comemorar cada pequena melhora, o empresário reforça que a população precisa continuar se cuidando nos espaços públicos e em casa. “Além da pessoa se proteger, tem que ter o entendimento que ela está protegendo o próximo. Ter o hábito de usar a máscara, de não aglomerar, de lavar as mãos. Peço que as pessoas se previnam pra não passar uma situação igual ou pior que a minha, correndo risco de vida, e tantas outras que perderam pessoas queridas da família”, finaliza.


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