sábado, 20 de abril de 2024
Geral
28/07/2020 | 16:00

Frutas tropicais geram lucro em microclimas no Oeste Catarinense

Foto: Aires Mariga / Arquivo / Epagri 

Frutas tropicais como banana, goiaba e maracujá, não muito comuns nas paisagens do Oeste Catarinense, se tornaram um bom negócio para agricultores da região. Essas espécies, sensíveis a geadas, são cultivadas em microclimas onde o fenômeno não ocorre, como locais próximos a rios e barragens.

A Epagri estimula os agricultores a aproveitar essas áreas com a fruticultura tropical para garantir uma nova fonte de renda e subsistência familiar. Essa também é uma forma de reduzir a saída de recursos da região, já que grande volume dessas frutas precisa ser comprado para abastecer a demanda local – toda semana, o Oeste importa cerca de 150t de banana.

Em 10 propriedades onde estão instaladas Unidades de Referência Tecnológica (URTs) ou Unidades de Observação (UOs), a Epagri realiza estudos, além de oficinas, reuniões e dias de campo com os produtores.

A Empresa ainda ajuda as famílias a buscar espaços de comercialização. Já são cerca de 40 propriedades no Oeste cultivando frutas tropicais em 30 hectares de onde saem, anualmente, 200t de banana, 10t de goiaba e 30t de maracujá. Como a maior parte das vendas ocorre diretamente ao consumidor ou por meio de programas governamentais, a margem bruta do produtor é bem atrativa, mesmo em pomares pequenos.

Família troca bovinocultura pelas frutas

Na propriedade dos Bucoski, às margens do Rio Uruguai, em Chapecó, a produção de banana orgânica deu tão certo que se tornou a principal fonte de renda. Com a formação do lago da Usina Hidrelétrica Foz do Chapecó, em 2010 eles trocaram a bovinocultura pela fruticultura, recebendo orientação e acompanhamento da Epagri.

Danilo e Cleocir foram melhorando e ampliando a produção aos poucos e, hoje, fazem sucesso na região. O casal cultiva 5ha e colhe até 50t de banana por ano. “Dá para viver bem, principalmente porque fazemos venda direta para o consumidor e ganhamos um preço melhor, cerca de R$ 3 o quilo. Com o que sobra, fazemos doces e agregamos valor ao produto”, diz Danilo. Os doces são fabricados em uma agroindústria instalada na propriedade, que é usada por mais seis famílias para incrementar a renda com as delícias tropicais do Oeste.


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