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29/03/2019 | 10:19

Construtor das corvetas projeta fortalecimento do cluster naval

O Consórcio Águas Azuis, escolhido para construir as quatro corvetas da classe Tamandaré para Marinha, afirmou que o programa contempla uma sólida transferência de tecnologia nas áreas de engenharia naval para construção de navios militares e de sistemas de gerenciamento de combate e de plataforma. Em nota, as empresas destacaram o conteúdo local superior a 40%, entre a construção dos navios e desenvolvimento de sistemas de última geração, o surgimento de um cluster naval militar e civil forte e competitividade para atender a futuras demandas da força naval, inclusive a possibilidade de exportação de produtos de defesa.

O consórcio, formado pela thyssenkrupp Marine Systems, Embraer Defesa & Segurança e Atech, subsidiária do grupo Embraer, também elencou o fortalecimento da indústria local e das universidades, com a participação de centros de pesquisa e desenvolvimento, bem como a capacidade de suporte em serviço a um produto de alta tecnologia e com longo ciclo de vida. A expectativa é que o projeto gere mais de 1.000 empregos diretos e aproximadamente 4.000 postos de trabalho indiretos.

“Estamos muito honrados pela Marinha do Brasil nos confiar a missão de construir as corvetas classe Tamandaré. Fazer parte do programa CCT reforça nossa posição de liderança e as tecnologias comprovadas que oferecemos ao setor de defesa naval em todo o mundo por quase dois séculos”, disse Rolf Wirtz, CEO da thyssenkrupp Marine Systems. Ele acrescentou que a parceria trará empregos qualificados e tecnologia para o Brasil, fortalecendo sua indústria de defesa.

A Embraer Defesa & Segurança fará a integração de sensores e armamentos para o sistema de combate, trazendo também ao programa a sua experiência de 50 anos em soluções de suporte em serviço. O presidente da empresa, Jackson Schneider, acrescentou que o consórcio oferece um modelo sólido de parceria nacional com capacidade comprovada de reter a transferência de tecnologia, garantindo o desenvolvimento de futuros projetos estratégicos de defesa no Brasil. "Sempre estivemos confiantes e o resultado de hoje comprova que nossa oferta, realmente, vai ao encontro das necessidades operativas da Marinha do Brasil”, disse Schneider.

A Atech, empresa do grupo Embraer, será a fornecedora do CMS (sistema de combate) e do IPMS (sistema integrado de gerenciamento de plataforma) das corvetas e receptora de transferência de tecnologia (ToT) em cooperação com a Atlas Eletronik, subsidiária da thyssenkrupp Marine Systems, e a L3 Mapps. Localizada no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP), a Atech conta com 500 engenheiros especializados no desenvolvimento de software e hardware para aplicações de defesa e possui expertise única em engenharia de sistemas e tecnologias de consciência situacional e apoio a tomada de decisão.

As empresas do consórcio Águas Azuis agora formarão uma sociedade de propósito específico (SPE) para fase de execução do programa. As quatro corvetas, que têm previsão de entrega entre 2024 e 2028, possuem um orçamento da ordem de US$ 1,6 bilhão. As construções das unidades estão previstas para o estaleiro Oceana, em Itajaí (SC). Com aproximadamente 310.000 metros quadrados, o estaleiro do grupo CBO também conta com instalações localizadas em Niterói (RJ), que poderão servir de base logística e de apoio em serviços para a Marinha.


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