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Geral
27/03/2019 | 17:23

Estrangeiros representaram 28,4% dos turistas no litoral catarinense

Turistas com menor poder de compra foram os que mais circularam no litoral de Santa Catarina na temporada, conforme aponta pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio/SC) apresentada nesta terça-feira (26). Se por um lado os números retratam um verão aquém do esperado, por outro apontam diferentes oportunidade.

A maioria dos turistas que passou o verão em SC situa-se entre duas faixas de renda: R$ 1.893 a R$ 4.730 (35,9%) e R$ 4.731 a R$ 7.568 (20,9%). Nesta temporada, cada grupo de turistas desembolsou, em média, R$ 4.465,00, puxado principalmente pelos gastos com hospedagem (R$ 2.827,00) e alimentação (R$ 1.191,00).

"Conhecer a fundo o perfil dos turistas que circulam no litoral catarinense e seus diferentes comportamentos de consumo é essencial para a tomada de decisão, tanto para o empresário do setor, como para o governo - que precisa direcionar investimentos, planejar políticas públicas e reforçar promoção do Estado, entre outras ações propositivas", ressalta presidente da Fecomércio/SC, Bruno Breithaupt. 

Perfil do turista

Historicamente, o próprio brasileiro é o maior cliente do turismo catarinense - em 2019 representou 71,6%, porém o percentual vem caindo desde 2013. Na análise da série histórica é possível perceber também a tendência de queda no percentual de catarinenses desfrutando das praias no Estado.

Já a participação de estrangeiros está avançando nos dois últimos anos: em 2019 representou 28,4%, pouco baixo do ano passado (29%). Mesmo com a crise no país vizinho, os hermanos argentinos (20,6%) tiveram participação expressiva ao nosso litoral. A fatia de turistas do Paraguai (2,9%) e Chile (1,4%) também cresceu, sinalizando um público que pode ser conquistado nos próximos anos. Os principais destinos foram Balneário Camboriú (33,3%) e Florianópolis (32,5%).

Mudança no comportamento

A pesquisa aponta uma tendência de crescimento na procura por imóveis alugados durante a temporada de verão em SC. Neste ano representou 34,9% das hospedagens, à frente dos hotéis ou similares (34,7%) e casa de parentes e amigos (22,5%). Entre os imóveis alugados, as plataformas de compartilhamento de imóveis (como o Airbnb, Booking, entre outros) tiveram a maior alta nos últimos três anos - de 2,3% de participação em 2017 saltou para 28,1% em 2019. Este crescimento acompanha a tendência do mercado global de economia compartilhada. 

Olhar do empresário

Quase 40% dos empresários avaliam a temporada como ruim ou muito ruim. A percepção sobre o resultado mostra o porquê da avaliação negativa neste ano: o gasto menor impactou diretamente no faturamento (-9,8%) e no ticket médio (R$ 173,00) das empresas. No setor de hotelaria, no qual foram entrevistados 117 meios de hospedagens, o recuo foi ainda maior (-19,5%) no caixa, refletindo em outros indicadores, como na queda da média de permanência (4,8 dias) e na ocupação dos leitos (72,1%).


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