sábado, 20 de abril de 2024
Geral
13/07/2018 | 15:13

TCE/SC vai votar na segunda-feira (16) projeto que aumenta estrutura e retira independência do órgão de controle

O Plenário do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SC) adiou para dia 16 de julho, segunda-feira, às 16 horas, a votação do Processo Normativo - PNO 18/00408711- do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC) que amplia a estrutura do órgão criando um escritório da Procuradoria Geral do Estado (PGE) vinculado ao gabinete da presidência. Esta mudança permite trazer funcionários de outros órgãos, cargos comissionados e assessorias, todos pagos com recursos do órgão de controle.

O projeto é polêmico e o Sindicato dos Auditores Fiscais de Controle Externo do TCE/SC (Sindicontas) pediu para ser ouvido em uma sustentação oral durante a Sessão do Pleno para debater o tema. Eles estão mobilizados para tentar impedir esta aprovação ou pelo menos mostrar à sociedade como funcionam as decisões no órgão de controle que deve combater o mau uso dos recursos públicos e cuidar da qualidade da aplicação dos impostos pagos por todos os cidadãos.

Além do aumento de custos e da politização do órgão com cargos comissionados escolhidos por conselheiros que são ex-deputados, o Sindicato alega a preocupação com a perda de autonomia. O Governo do Estado é o principal órgão jurisdicionado que passa pelo controle dos auditores do TCE/SC. Com uma unidade da PGE dentro do Tribunal, o receio é prejudicar as relações entre fiscalização e fiscalizado.

Custos - Cabe salientar que inexiste no PNO qualquer estudo acerca da repercussão financeira com a implementação da estrutura; não há mensuração do quantitativo de servidores(as) a serem destinados ao órgão;e inexiste qualquer demonstrativo de projeção do enquadramento fiscal decorrente para os próximos 36 meses, algo sempre tão destacado pela assessoria da presidência e pela diretoria de planejamento do TCE/SC. O Sindicato afirma ainda que há um sucateamento e esvaziamento das diretorias técnicas, diminuindo os trabalhos de controle externo das contas nas secretarias de Estado, prefeituras e demais órgãos.

“São muitos os questionamentos a respeito e é evidente a desconsideração dos princípios constitucionais da legalidade, de legitimidade e da economicidade, e de dispositivos legais advindos da proposta ora discutida”, disse Sidnei Silva, presidente do Sindicontas. Portanto, os auditores estarão mobilizados na Sessão para tentar mostrar os prejuízos que tal implantação trará para a sociedade.


JORNAL IMPRESSO
19/04/2024
12/04/2024
05/04/2024
29/03/2024

PUBLICIDADE
+ VISUALIZADAS