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21/04/2018 | 18:53

Martine Grael: “Não vejo a hora de voltar para o mar”

Mesmo com uma carreira olímpica vencedora e a herança da família mais tradicional da vela brasileira, Martine Grael se vê como uma iniciante na maior regata do mundo a Volvo Ocean Race. A velejadora do team AkzoNobel chegou a Itajaí na terceira posição no dia 05 de abril e agora se prepara para seguir para New Port neste domingo (22) na oitava etapa da competição.

No Brasil, Martine teve tempo para passar em casa depois de mais de um ano longe do Rio de Janeiro. “Quando eu cheguei aqui, passei um dia em Itajaí. Depois fui para o Rio, ficar um pouquinho em casa. E para mim foi a melhor coisa do mundo, poder desligar um pouquinho da competição”. Desde o início desta semana de volta à Itajaí Stopover, Grael conta sobre a rotina apressada. “Não consegui parar um segundo. Além das minhas tarefas de preparação do barco, tive muita mídia, muitos fãs e tem sido muito legal. Mas não tive tempo para mais nada”.

Apesar do carinho dos brasileiros, a velejadora se sente mais à vontade no mar em meios às velas e ao desafio da competição. “Estou doida para poder entrar no mar de novo e dar uma relaxada”, confessa.

Em sua primeira Volvo Ocean Race, Martine treina desde março de 2017 com seus companheiros da equipe holandesa. Mesmo com toda a dedicação, atleta brasileira se vê como uma aprendiz nesta regata considera a Fórmula 1 dos mares. “Até aqui e eu já consigo perceber um pouco de experiência acumulada, mas ainda sou uma marinheira de primeira viagem nessa regata de volta ao mundo. Para mim é um aprendizado contínuo”, confessa.

Volvo também das mulheres

Para aumentar a participação feminina, a Volvo Ocean Race mudou as regras para o número de participantes e permite mais tripulantes a bordo com a formação de equipes mistas. Martine Grael vê sua participação nesta edição como uma oportunidade por conta da regra. “Sem ela eu não estaria participante”, revela.

A única representante brasileira nesta edição acredita no potencial de transformação da nova combinação de equipes mistas. “Eu vejo o resultado dessa regra, desde o começo da regata, inspirando várias meninas e jovens e quebrando paradigmas e a meu ver tendo muito resultados negativos”.

Competição

Mesmo com dificuldades no início da competição, AkzoNobel já pensa em ocupar um lugar no pódio da Volvo Ocean Race 2017-18. “Essa perna até New Port vai ser muito difícil taticamente. E cruzar o Atlântico Norte é muito intenso, por conta das muitas tempestades. E depois, as últimas na Europa, acho que serão mais tranquilas”, avalia Martine Grael. “Temos chance de alcançar o pódio”, conclui.


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