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19/06/2017 | 10:54

ITAJAÍ: Vigilância Epidemiológica orienta para eliminação de caracóis africanos

O clima chuvoso, frio e úmido dos últimos dias tem estimulado o aparecimento de caracóis africanos em Itajaí. Por isso, a Vigilância Epidemiológica reforça o cuidado que os moradores devem para a eliminação do caracol, evitando a sua proliferação e possível transmissão de doenças. Além do recolhimento do animal, a população deve manter os terrenos e quintais sempre limpos e livres de entulho como forma de prevenção.

Os caracóis africanos, conhecidos popularmente por caramujos, foram introduzidos ilegalmente no Brasil na década de 1980 para fins comerciais. No país, não há predadores para eles, por isso é necessário fazer a coleta e eliminação dos animais, que vivem em média de cinco a seis anos. “Apesar de, no momento, não estarem transmitindo doenças, os caracóis africanos são perigosos e devem ser eliminados. Por isso, os moradores devem avisar a Vigilância Epidemiológica do seu aparecimento. A equipe fará uma visita no local para identificar o animal e dar as devidas orientações”, alerta a diretora da Vigilância Epidemiológica, Sandra Ávila.

Geralmente, os caracóis africanos aparecem em matas, margens de brejos, capoeiras, hortas, pomares, plantações abandonadas, terrenos baldios urbanos, quintais e jardins. Também podem ser encontrados em árvores e muros. Para eliminação do animal, é necessário que se faça a catação ao longo de todo ano em função da grande fecundidade da espécie e sua maior atividade no inverno em regiões úmidas.

Além disso, o caracol pode colocar ovos de quatro a cinco vezes por ano – cada postura tem de 50 a 400 ovos, que ficam semienterrados na terra e eclodem de duas a três semanas. Por isso, durante a eliminação do animal, esses ovos também devem ser recolhidos e descartados adequadamente. Os melhores horários para o procedimento de coleta do caracol são pela manhã ou no final da tarde.

Como eliminar os caracóis:

- Os caracóis devem ser coletados, manualmente, utilizando uma luva de borracha ou uma pá.

- Proteja a pele e as mucosas: não coma, fume ou beba durante o manuseio do caracol. Em caso de contato acidental, lave as mãos com água e sabão.

- Recolha também os ovos do caracol africano, que ficam semienterrados.

- Os caracóis e os ovos podem ser descartados no lixo comum desde que sejam armazenados em dois sacos plásticos e suas conchas sejam quebradas utilizando um martelo ou pisando em cima com calçado adequado (tênis ou botas).

- Os caracóis podem ser despejados ainda em valas com pelo menos 80 centímetros de profundidade, longe de cisternas, poços artesianos ou do lençol freático. Coloque sempre que possível uma pá de cal virgem para impermeabilizar o solo e não atrair outros animais, depois feche a vala com terra.

- Após a coleta, retire as luvas e lave muito bem as mãos.

- Essa operação deve ser repetida sempre que novos caracóis forem localizados.
 

Medidas de prevenção

- Caso identifique o caracol africano informe a Secretaria Municipal de Saúde.

- Organize coletas de lixo e entulhos nos quintais e terrenos baldios durante todo o ano, procurando eliminar a presença de ratos, bem como locais de ocorrência de caracóis (pneus, latas, entulhos, plásticos, tijolos, telhas, madeiras, etc).

- Por medida de segurança lave bem as frutas, hortaliças, verduras e legumes.

- Não jogue os caracóis vivos diretamente no lixo doméstico ou em qualquer outro local.

- Não utilize os caracóis gigantes africanos como alimento ou isca para pescar.

- Não tente criá-los, pois há legislação proibindo.

- Não use veneno ou iscas específicas para caracóis em função do elevado risco de intoxicação de animais domésticos, aves, crianças e adultos.

- Não utilize sal de cozinha. Seu uso é desaconselhado por ser ineficiente, além de salinizar o solo.

- Em caso de dúvida entre em contato com a Vigilância Epidemiológica pelos telefones 3249-5571 ou 3249-5572.


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