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28/03/2017 | 10:48

Balneário Camboriú: Comunidade irá escolher nomes de futuros cães-guia da Helen Keller

Apesar de pequenos e brincalhões os filhotes da raça labrador com pouco mais de 40 dias já têm uma nobre missão: serão os olhos fiéis de deficientes visuais. Para isso os futuros cães-guia aprendizes da Escola de Cães Guias Helen Keller passarão por um período de cerca de 1 ano e meio de treinamento. Mas antes de se prepararem para este trabalho a escola conta com a ajuda da comunidade para escolher sete nomes para os pequenos. Quem quiser participar deve enviar as sugestões até amanhã, 29, para o e-mail contato@caoguia.org.br.

“Por se tratar da segunda ninhada nascida dentro da escola é importante que todas as sugestões enviadas comecem com a letra B. Temos seis fêmeas e um macho aguardando ansiosamente por um nome que seja forte e represente também a missão tão especial que terão quando adultos. O ideal é que sejam nomes fortes, fáceis de serem pronunciados e que não tenham relação com nomes pessoais para evitar problemas na hora em que o cão for guiar”, orienta o presidente da Escola de Cães Guias Helen Keller Enio Gomes.

As sugestões escolhidas serão divulgadas no dia 31 de março na página do Facebook da escola. Os vencedores receberão um certificado de participação no processo de nomeação do cão e se residirem próximos a Balneário Camboriú poderão tirar uma foto com filhote como recordação.

Novos socializadores são necessários para receber os filhotes

Com o nascimento dos filhotes, a escola também procura por novos socializadores. Interessados deverão preencher o formulário no site da Helen Keller e aguardar contato do corpo técnico da instituição para entrevista.

“A única coisa que pedimos é que a pessoa tenha interesse em fazer algo de bom para alguém e que tenha disposição para apresentar o mundo ao filhote. Ou seja, é estar praticamente 24 horas por dia com o cãozinho e levá-lo a lugares como restaurantes, escolas, farmácias, mercados e andar com ele, por exemplo, de carro, ônibus, avião e metrô. Os custos do animal são por conta da escola e serão dadas orientações periódicas com relação à educação e treinamento básico. O importante é que a pessoa tenha em mente que ela desempenhará a tarefa de cuidar e ensinar boas maneiras a um futuro cão-guia para que ele possa fazer essas atividades com um deficiente visual no futuro”, explica o treinador e instrutor da Helen Keller Fabiano Pereira.

Após 18 meses de convívio com o cão, o socializador entregará o cão-guia aprendiz para a escola para que receba o treinamento específico de guia. Se ele for graduado e não apresentar nenhum problema de saúde ou comportamental será adaptado a um cego. 

Hoje a lista de espera da Escola de Cães Guias Helen Keller possui mais de 3 mil inscritos de toda a região sul do país.

Sobre a Escola Helen Keller

A escola é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, sediada em Balneário Camboriú, SC, e a primeira escola da América Latina ligada à Federação Internacional de Cão-Guia. Desde a sua fundação em 1993 já foram entregues 23 cães-guia. Em julho de 2016 foi inaugurada a primeira sede própria e a expectativa é de que com a nova estrutura sejam entregues cerca de 30 cães-guia por ano. Os deficientes visuais recebem o cão-guia gratuitamente. Para poder continuar com os treinamentos a escola depende de patrocínios e doações.

Mais informações: http://www.caoguia.org.br/ ou pelo telefone 47-99712-0986.

Créditos: Angelo Borba


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