Pela primeira vez o município teve que recorrer à legislação federal para entrar em um imóvel e eliminar um possível criadouro do mosquito transmissor da dengue. A situação ocorreu no bairro São Judas, onde um morador mantinha uma piscina sem manutenção e se recusava a receber os agentes de endemias. Nesta quinta-feira (16), equipes das Secretarias de Obras e Saúde, em conjunto com a Coordenadoria de Trânsito (Codetran), entraram no local e esvaziaram a piscina.

Para resolver o problema e atender às denúncias sobre o local, a ação se baseou na lei federal 13.301/2016, que permite o ingresso forçado em imóveis que estão gerando criadouros do mosquito Aedes Aegypti. Neste caso, os agentes de controle da dengue já tinham tentado contato com o morador diversas vezes, mas sem resultado efetivo.

A ação ocorreu durante a manhã e para retirar a água da piscina foi usado um hidrojato da Secretaria de Obras. “A equipe de combate à dengue continuará monitorando a residência para evitar novos focos do mosquito”, reforça o coordenador do Programa de Controle da Dengue, Lúcio Vieira.

Mais de 35 mil visitas

Os agentes de endemias seguem fazendo visitas a casas dos bairros Cidade Nova, Cordeiros e São Vicente – essa é a segunda vez no ano que as comunidades recebem as equipes. Também estão sendo monitorados o Centro e o Dom Bosco. Ao todo, já foram feitas 35.897 visitas a residências, comércios, terrenos baldios, armadilhas e pontos estratégicos somente em 2017. O trabalho intenso tem gerado bons resultados: de janeiro até agora não foram registrados casos positivos da doença.

“Estamos distribuindo telas para colocação nos ralos dos imóveis para que estes depósitos não procriem o mosquito. Contamos com a ajuda da população para combater os focos, pois estamos num período de altas temperaturas e ocorrência de chuvas, um ambiente ideal para o mosquito”, alerta Vieira.