Marcelo Nakamura, dermatologista do Hospital Santa Cruz de São Paulo, explica que existem vários tipos de câncer de pele, e todos acabam tendo uma ligação, em níveis diferentes, com a exposição aos raios solares. Histórico familiar da doença, peles claras e exposição ao sol desprotegida são os principais fatores de risco desse tipo de câncer, que é um dos mais comuns no Brasil e no mundo. É preciso atenção para identificar a doença, já que ela geralmente começa com uma lesão que vai aumentando progressivamente. As lesões pré-cancerosas, chamadas Queratoses Actínicas, são manchas vermelhas que podem apresentar uma discreta crosta em suas superfícies. “Com a evolução da doença, geralmente em áreas expostas ao sol, como rosto, colo, dorso da mão e antebraço, a lesão começa a aumentar de tamanho e pode causar coceira, ardência e até mesmo sangramento”, explica o Dr. Nakamura. É importante observar o corpo e consultar um especialista sempre que houver algo suspeito. “Para pessoas de pele clara, é recomendado realizar um check up dermatológico a cada seis meses”, indica o médico. O diagnóstico é realizado por meio de uma avaliação clínica e de uma dermatoscopia, na qual o médico examina o paciente com um dermatoscópio, uma espécie de lupa com uma luz especial que permite visualizar as lesões com precisão. Em caso de suspeita, a biópsia confirma o diagnóstico. Os tratamentos são variados e somente um profissional pode indicar o mais adequado para cada caso. Dependendo do tamanho e da região onde a lesão está localizada, pode ser feita a cauterização química e curetagem, seguidas pela técnica de eletrocoagulação; a crioterapia com uso de nitrogênio líquido, em que as células são destruídas com a baixa temperatura e a cirurgia para retirada da lesão. O Hospital Santa Cruz está completamente preparado para diagnosticar e tratar o câncer de pele. “Contamos com uma equipe altamente capacitada e todos os equipamentos necessários tanto para o diagnóstico como o tratamento, seja ele clínico ou cirúrgico”, comenta o Dr. Nakamura. A prevenção é a grande aliada no combate dessa doença e deve ser feita, principalmente, com o uso do filtro solar. “Independentemente da temperatura ou estação, é imprescindível utilizar o protetor de duas a três vezes por dia. Ele deve ser aplicado de 20 a 30 minutos antes da exposição ao sol. Se a pessoa suar muito, o ideal é lavar a região e reaplicar o filtro”, explica o dermatologista. Roupas e acessórios, como bonés, chapéus e óculos escuros, também são essenciais para a proteção. Além disso, consultas regulares com os médicos devem fazer parte da rotina de cuidados. “Atualmente as pessoas estão mais conscientes sobre o uso do protetor solar, mas ainda não é o ideal. O câncer de pele pode demorar anos para se desenvolver, portanto prevenir hoje é a chave para não sofrer as consequências no futuro”, conclui o dermatologista do Hospital Santa Cruz. |
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