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Geral
24/09/2015 | 11:55

Paralisação de médicos residentes suspende atendimentos em Itajaí

Os médicos residentes do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, paralisaram os trabalhos na manhã de quinta-feira. Uma das reinvindicações dos profissionais é o ajuste do plano de carreira e valorização para os médicos preceptores, incluindo remuneração adequada, desenvolvimento continuado e tempo exclusivo para atividades didáticas, entre outros pedidos.

 

Os profissionais englobam o Movimento Nacional pela Valorização da Residência Médica, que promove paralisações em todo o todo o Estado. A mobilização também acontece em Florianópolis, Joinville, Blumenau e Criciúma. Em Itajaí, estudantes de medicina também participam do ato.

 

O movimento suspende os atendimentos nas cidades, com funcionamento apenas para urgência e emergência. A mobilização tem apoio do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina. Em Itajaí, os profissionais estão concentrados em frente ao hospital, com faixas e folders informativos.

 

Os médicos residentes prestam concurso para se especializarem em uma determinada área, após a formação. O profissional deve cumprir 60 horas semanas, sendo 24 horas de plantão, sem receber o benefício do 13º salário e cobertura do INSS nos 10 primeiros meses de trabalho.

 

De acordo com o diretor de Apoio ao Médico Pós-Graduando em Medicina, Dimitri Cardoso Dimatos, o residente paga todos os encargos e, mesmo assim, recebe menos de um terço do valor pago ao médico estrangeiro que trabalha no Brasil.

 

As reivindicações

Em nota, a Associação Nacional do Médico Residente divulgou os motivos da paralisação.

 

- Aumento da representação das entidades médicas na composição da CNRM e fim da câmara recursal;

 

- Fiscalização imediata de todos os programas de residência do país para garantir a qualidade destes, antes da abertura de novas vagas. A fiscalização deverá ser realizada por médico de especialidade correspondente ao programa e representante dos médicos residentes;

 

- Revisão completa do texto do Decreto nº 8.497 de 4 de agosto de 2015 para garantir que a Residência Médica permanece como padrão ouro de formação de especialistas;

 

- Levantamento dos cortes orçamentários e suspensão destes em todos os serviços em que atuam médicos residentes;

 

- Plano de carreira e de valorização para os Médicos Preceptores, com inclusão de remuneração adequada, desenvolvimento continuado e tempo exclusivo para atividades didáticas;

 

- Plano de carreira nacional para médicos do SUS com garantia de remuneração adequada, progressão de carreira, desenvolvimento profissional e educação continuada;

 

- Fim imediato da carência de 10 meses para que médicos residentes possam usufruir de seus direitos junto ao INSS;

 

- Cumprimento da legislação vigente sobre residência médica com a garantia do auxílio moradia;

 

- Isonomia da Bolsa de Residência Médica com bolsas oferecidas por outros programas de ensino médico em serviço do Governo Federal como PROVAB e Mais Médicos. A complementação deverá ser realizada com recursos dos ministérios da Educação e Saúde para não onerar as secretarias estaduais e municipais de Saúde.


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