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13/02/2015 | 09:02

Bateiras com água parada no Saco da Fazenda, em Itajaí, podem conter focos do mosquito da dengue

Moradores e frequentadores dos restaurantes da Beira-Rio estão preocupados

 

A atividade pesqueira artesanal é comum em Itajaí e muitas bateiras ficam ancoradas ou acorrentadas em trapiches ou na areia,  no Saco da Fazenda, em Itajaí-SC. O problema é que, com as chuvas constantes que assolam a cidade de Itajaí, muitas dessas embarcações têm se tornado reservatório de água parada, principalmente quando passam dias sem serem utilizadas, o que é o caso da grande maioria. Essa água pode representar um risco para a cidade, principalmente moradores próximos, ou mesmo quem estiver frequentando a Beira-Rio, a principal via gastronômica da cidade. O município encontra-se em estado de emergência devido à epidemia de dengue, que aumentou para 93 o número de casos confirmados da doença.

 

O Secretário de Comunicação da Prefeitura de Itajaí, Murilo José da Conceição, explica que a água que fica depositada nos barcos não é considerada água parada. “A Vigilância Epidemiológica não considera os barcos, porque mesmo parados, eles se balançam junto com o mar. Mesmo assim nós vamos passar essa informação para a Defesa Civil e verificar se há focos do mosquito Aedes Aegypt”, ressalta Murilo.

 

Há quem pense diferente do Secretário ou da Vigilância Epidemiológica. Principalmente moradores próximos ao local que enviaram para o Jornal dos Bairros fotos feitas na quarta-feira, dia 11, no final da tarde. Havia um grande número de bateiras cheias de água, muitas delas sujas, como se tivessem paradas há muito tempo. Além do fato de que o Saco da Fazenda é um local de águas bastante calmas, dificilmente há algum balanço do mar.  Outro fato: um barco da ANI – Associação Náutica de Itajaí, estava fora da água, na areia, meio de lado, com bastante água suja dentro. Além disso, os moradores reclamam da sujeira na beira do Saco da Fazenda, com entulhos como pneus, garrafas plásticas, tudo que está sendo combatido pela vigilância sanitária. Diz um dos moradores que nos enviou as fotos, que é grande a preocupação de todos, principalmente porque a doença já não é uma ameaça, é realidade no município.

 

O Secretário lembra ainda que a população pode denunciar suspeitas de focos do mosquito para a Defesa Civil.  Todos os casos são avaliados pelos agentes, que eliminam os focos e orientam a população. Em caso dos terrenos baldios com entulhos, são repassados aos fiscais da Secretaria de Urbanismo para vistorias e aplicação de multas. As denúncias podem ser feitas pessoalmente, na sede da Defesa Civil, ou por telefone, através do 3341-6199 ou 199, 24 horas por dia.

 

Itajaí contra a dengue

 

Na última quinta-feira (12) as Secretarias de Saúde e de Obras programaram um mutirão de limpeza e eliminação de focos no Cemitério Municipal do bairro Fazenda. A ação iniciou às 09h e vai contou com a participação de agentes de endemias e serventes da de secretaria obras.

 

Na oportunidade foram eliminados diversos tipos de recipiente que pudessem acumular água e servissem de criadouro do mosquito transmissor da dengue, a exemplo dos vasos e suporte de plantas. “Por isso solicitamos que os proprietários dos túmulos façam furos e coloquem areia nos pratos dos vasos para que não acumulem água parada”, explica o Coordenador do Programa de Combate à Dengue, Lúcio Vieira. A medida é uma das estratégias adotadas pelo município para combater a dengue.

 

Além disso, o mutirão de limpeza da Secretaria de Obras segue até sexta-feira (13). Oito equipes percorrem os bairros São Vicente e Cidade Nova para retirar os entulhos que possam servir de criadouro do mosquito da dengue. A medida foi necessária tendo em vista o grande número de denúncias recebidas dos moradores preocupados com a proliferação da doença em Itajaí. Após o mutirão, ficais da Secretaria de Urbanismo irão identificar os terrenos limpos pela Prefeitura e multar os proprietários pelo acúmulo de entulhos.

 

Na próxima semana, o trabalho com agentes de endemias será intensificado. Os agentes visitarão residências para averiguar possíveis focos e orientar a população, nos bairros São Vicente e Cordeiros, onde há maiores casos registrados de pessoas infectadas. 


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