Preocupado com a crise financeira que deve abater o Porto de Itajaí a partir de 2014, o vereador Luiz Carlos Pissetti (DEM), teve aprovados ontem (8), em sessão da Câmara, dois requerimentos. Juntos, os pedidos visam a garantia de que o terminal itajaiense permaneça municipalizado e também mais atraente aos investidores mundiais.

O primeiro documento, enviado ao prefeito Jandir Bellini (PP), e ao Superintendente do Porto, Antônio Ayres dos Santos Júnior, pede a revisão do atual modelo sugerindo o arrendamento de dois novos berços de atracação. Para Pissetti a proposta precisa se encaixar em questões modernas de mobilidade urbana, transporte e desenvolvimento sócio econômico.

“Veja bem, nós vamos sofrer muito com as perdas ocasionadas pela unificação do ICMS, nossa competitividade foi cortada, agora temos de ser criativos e seguir em frente (...) só reduzir o ISS (Imposto Sobre Serviço), não é suficiente para suprir as necessidades de Itajaí, temos que criar um ambiente saudável, com segurança para o município e que ao mesmo tempo seja atrativo ao investidor”, explicou o democrata.

Outra medida que casa com a ideia do Presidente do Legislativo diz respeito ao contrato de concessão do porto, entre a União e a cidade, que vence em dez anos. Com isso foi enviado às bancadas catarinenses do Congresso Federal a solicitação de antecipação das tratativas entre o Governo Federal e o município, para que tudo permaneça como está.

“Fazendo isso eles (Brasília-DF) podem nos compensar pelos danos causados pela aprovação da Resolução 72 (...) Itajaí já provou que deu certo frente à administração de seu porto, hoje, se não somos o primeiro em movimentação de cargas em contêineres, estamos certamente entre os três maiores do país, vamos ver as coisas na frente”, declarou o parlamentar.

Polo Industrial

Ainda durante a sessão de ontem (9), Pissetti teve aprovada sua indicação de realização de estudos para a instalação do Distrito Industrial de Itajaí, no bairro Itaipava. Segundo o autor, a reedição da proposta também foi motivada pela necessidade do município driblar, antecipadamente, a crise ocasionada em função da quebra na concorrência entre os portos do País.