sexta, 19 de abril de 2024
12/04/2012 | 16:15

Joca, herói brasileiro

Mesmo que o barco campeão da 5ª perna, que se finalizou em Itajaí tenha sido o Puma, o vice-campeão Telefónica foi o mais ovacionado  pelo público, quando chegou na ensolarada tarde de sábado, dia 7. O motivo de tamanha festa tinha nome e sobrenome: João Signorini, ou simplesmente Joca, o brasileiro chefe de turno do barco Telefónica.

“Foi uma das mais duras das três participações minhas na Volvo até agora”, comentou Joca. Ele e sua equipe passaram por maus bocados em alto mar quando tiveram avarias na proa do barco e precisaram parar por 17 horas para consertar. Apesar de todos os problemas e da necessidade de pegar mais leve, para não voltar a ter problemas no barco, o vento esteve a favor do Telefónica.

No trajeto próximo a Itajaí, Puma e Telefonica estiveram numa disputa acirrada, lado a lado. Porém, como explica Joca, Puma fez um belíssimo trabalho e mereceu a vitória.

Lar, doce lar
“Fiquei muito emocionado de chegar no Brasil e ter encontrado todo esse público esperando a gente. Realmente, foi inacreditável”, relembra Joca. Segundo ele,  chegar ao Brasil é sempre um momento especial e não apenas para ele, por conta de ser brasileiro, mas para todos os velejadores, pois em seguida do terrível Cabo Horn, “tudo começa a melhorar um pouquinho, a temperatura começa a aumentar e você sabe que tá chegando mais perto de terra firme. Todo mundo começa a ficar mais contente”.

Além da falta de conforto, a rotina dos navegadores é também bastante puxada. Eles tem turnos divididos entre 4 horas de trabalho e 4 horas de descanso.

As condições dentro dos barcos é literalmente miserável. É privado o máximo de conforto possível dos tripulantes para que o barco se torne mais leve, o que proporciona maior velocidade. “Eu estava muito feliz de não só ter chegado aqui em segundo lugar, mas ter chegado aqui com o barco inteiro e toda a tribulação bem”, diz Joca


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