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Geral
10/04/2012 | 15:48

Volvo Ocean Race: Groupama chega em Itajaí e inicia processo de reconstrução do mastro quebrado

Depois de 23 dias e com o mastro quebrado, o Groupama finalmente chegou a Itajaí e se juntou ao Puma e Telefónica. A aventura mais desgastante da edição 2011/2012 da Volvo Ocean Race foi classificada como "a mais difícil da história ", pelo comandante Franck Cammas. O primeiro procedimento do time será arrumar todas as avarias da embarcação, bastante prejudicada pelas ondas e os fortes ventos dos mares do sul. A tarefa número um será trocar o mastro. Os franceses devem receber o equipamento, importado da Holanda, na quinta-feira (12).

"Estou bastante ansioso quanto a instalação do novo mastro. Fomos surpreendidos com a quebra quando estávamos no melhor momento da regata e caminhando para ganhar a segunda perna seguida. Confio no trabalho de terra da nossa equipe para deixar tudo pronto", reforça Franck Cammas, que foi recebido com banquete de comida sueca no pavilhão da Volvo Ocean Race. "A primeira coisa que todos precisam é uma refeição quente e depois um banho".

Recuperação
A tripulação está orgulhosa por fazer essa recuperação sem maiores danos ao barco e à saúde da equipe, que ficou dois dias parada em Punta del Este, no Uruguai. "Os caras fizeram um trabalho fantástico e estou muito feliz com o nosso terceiro lugar no pódio. O clima é de dever cumprido", relata Franck Cammas, que levou o time ao segundo lugar na tabela.

Os heróis do Groupama deixam os trabalhos nas mãos dos integrantes da equipe de terra em Itajaí. Um dos nomes desse time é o brasileiro Ricardo Ermel, veterano de duas Volvo Ocean Race. Ele será responsável, junto com a organização, a DHL e a Waiver Log pelo transporte da peça, que sairá de Curitiba (PR). O mastro de 32 metros vindo da Holanda será levado por um caminhão com auxílio das polícias Federal e Rodoviária.

Adaptações
"Fizemos uma adaptação para facilitar o transporte do barco. O processo precisa ser todo monitorado do aeroporto de Curitiba até a Vila da Regata. A estratégia das equipes de terra é fundamental para o andamento dos barcos nas regatas do porto e, principalmente, nas pernas", conta Ermel. A partir de sexta-feira (13), com o mastro disponível, a equipe de terra poderá fazer os testes necessários antes dos primeiros treinos para a Regata do Porto do dia 21.

Recepcionados pelas crianças
Na chegada do veleiro francês, crianças da escola municipal Maria Dutra Gomes surpreenderam os velejadores com uma maquete quase perfeita do barco verde. O detalhe é que a réplica foi construída com materiais recicláveis, como sobras de madeira, poliuretano, garrafas pet e latas de refrigerante.

A orientadora pedagógica Aurela dos Santos Camilo usou a passagem da Volvo Ocean Race para motivar alunos e pais a ter comprometimento com o projeto sócio-ambiental, que acabou indo mais além. "As famílias se uniram aos filhos e ficaram engajas junto com toda a comunidade da escola. Isso uniu até pais separados". As garotas Andressa Coelho, Gabriela da Silva e Rafaela Nunes mostram a réplica aos velejadores na tarde desta terça-feira.

O Groupama foi recebido na Vila da Regata por crianças de cinco a sete anos, que vivenciaram pela primeira vez uma competição internacional. Segundo a professora do Colégio São José, Gerusa Nunes, os alunos realizaram durante o ano várias atividades voltadas a Volvo Ocean Race, como desenhos e maquetes dos veleiros. Por isso não faltou ansiedade no píer para dar boas vindas aos franceses.


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