quinta, 28 de março de 2024
Geral
13/09/2011 | 09:57

Lojistas do Vale do Itajaí contabilizam prejuízos com as chuvas

 

FCDL solicita ao Governo de SC ampliação do programa Juro Zero para afetados pelas enchentes
 
            
 
Enquanto as águas dos rios do Vale do Itajaí baixam, os comerciantes da região contabilizam os prejuízos causados pelas chuvas da semana passada. Segundo Raulino Nicolau da Silva, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Rio do Sul, 90% do comércio da cidade foi atingido pelas cheias. “A situação é critica e desesperadora. Parece que passou um furacão por aqui”, afirma. Ele relata que o momento é de limpeza e de levantamento do que foi perdido. As lojas do município fecharam na quinta-feira (7), ao meio dia, e ainda não reabriram. Morador e empresário de Rio do Sul, Sergio Medeiros, presidente da Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL SC), ressalta que uma das principais preocupações é a manutenção dos empregos. “Em cada município há centenas de casos de empreendedores que perderam o patrimônio construído ao longo de décadas. E os empregos, muitas vezes, também são perdidos”, sintetiza.
 
Na busca de soluções mais rápidas em prol do varejo da região, a FCDL/SC solicitou ao governo catarinense a ampliação do programa Juro Zero para os comerciantes afetados pelas chuvas. Para as micro e pequenas empresas e empreendedores individuais, a entidade pleiteia empréstimos de R$ 6 mil e com 60 dias de carência. Para as empresas não enquadradas no Simples Nacional, sugere a prorrogação do recolhimento do ICMS dos meses de setembro a dezembro, com pagamento feito em quatro parcelas a partir de janeiro.
 
Dono de quatro estabelecimentos comerciais em Rio do Sul, o empresário Orival Seola também destaca que as perdas financeiras foram muito grandes. “É algo imensurável”, enfatiza. Todas as suas lojas foram invadidas pela água. Ele acrescenta que lojistas e funcionários vivem uma operação de guerra, limpando seus estabelecimentos para tentar retornar à normalidade. “A cada porta que se abre uma nova surpresa. São cenas lamentáveis”, evidencia.
 
         Em Itajaí, outro município fortemente afetado pelas intempéries, os varejistas também fazem as contas de quanto perderam e estudam medidas de recuperação. De acordo com José Dada, presidente da CDL municipal, a protelação do pagamento de impostos e a liberação do FGTS para os atingidos são algumas das ações que podem diminuir o impacto do desastre no comércio da região. “O reflexo de tudo isso vai ser sentido mesmo pelos comerciantes daqui a um mês, com a inadimplência. Por isso, temos que aguardar o fim de setembro e o início de outubro para ter um quadro mais realista dos problemas”, acredita Dada. 

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