Na última semana uma tragédia foi registrada na Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Uma jovem caiu do 4° andar de um dos blocos e morreu no hospital. Segundo apurou a polícia, a jovem de 23 anos teria se jogado e provocado a própria morte.

Casos como esse são mais comuns do que se imagina. Só em 2010 foram registrados 31.560 casos de suícidio em todo o país segundo a Agência Nacional de Polícia. São mais de 80 casos de pessoas por dia atentando contra a própria vida. Pensando nisso e tentando ajudar as pessoas que muitas vezes você ficam deprimidas, sem ter com quem desabafar, conversar e colocar para fora todas as suas dores existe em Itajaí o Centro de Valorização da Vida (CVV).

O serviço oferecido pela entidade consiste em atender as pessoas, oferecendo apoio emocional em momentos difíceis, facilitando o desabafo e aliviando o sofrimento, com a finalidade de neutralizar idéias auto-destrutivas e prevenir assim, o suicídio.

O trabalho do CVV é totalmente gratuito e sigiloso. O atendimento é prestado por telefone, pessoalmente, por correspondência ou por e-mail. Não há vínculo religioso, político ou de qualquer outra espécie.

Em Itajaí, no posto Samaritano integrado ao Programa CVV, os voluntários estão atendendo das 15 às 23 horas, inclusive nos sábados, domingos e feriados dispostos a conversar com todas as pessoas que sentem necessidades ou vontades de estar com alguém e que por algum motivos estão sozinhas.

O serviço funciona há mais de quatro anos no município e segundo a Coordenadora Lidia Ferreira o posto precisa de mais pessoas ajudando. “É de uma importância enorme a participação e a colaboração de voluntários. Estamos vendo que as pessoas precisam de ajuda, de um ombro amigo, de força de vontade para viver.”, comenta.

Ao procurar o CVV, a pessoa não precisa identificar-se, nem dizer o nome ficando assim livre para falar tudo o que precisa, pelo tempo que necessita e é oferecido total sigilo, compreensão e aceitação.

Essa acolhida, mesmo que temporária, ajuda a pessoa a perceber melhor seus sentimentos, falar sobre eles, expor seus receios, aliviar sua dor e, muitas vezes, encontrar caminhos novos, por si mesma.