quinta, 28 de março de 2024
Política
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08/10/2010 | 00:00

Candidatos de Itajaí e Balneário Camboriú avaliam as eleições 2010

 

 

O tão esperado 03 de outubro já passou. Foi um dia em que muitos comemoraram, mas outros, tiveram que encarar a derrota. Não foi uma disputa fácil na região. Em Itajaí tivemos cinco candidatos de peso na corrida a Deputado Estadual e três a Deputado Federal. A concorrência também se estendeu a cidades vizinhas, como Balneário Camboriú, onde alguns candidatos também tiveram uma votação expressiva.

 

Nos dois municípios, apenas dois candidatos conquistaram vaga na Assembléia Legislativa: Volnei Morastoni (PT), de Itajaí, foi eleito com 30.670 votos. E em Balneário Camboriú o candidato Dado Cherem (PSDB) confirmou a sua reeleição com 57.684 votos.

 

A equipe do Jornal dos Bairros conversou durante esta semana com a maioria dos candidatos para saber como eles avaliam o resultado das Eleições 2010.

 

Até o fechamento desta edição procuramos contato com o Vereador Paulinho Amândio (PDT) e Anna Carolina Martins (PV), mas não obtivemos êxito.

 

Deodato Casas (PSDB)

“Meus planos futuros incluem candidatura ao Executivo”.

 

“Achei o resultado excelente, ainda mais para quem nunca foi candidato, não tem um passado político como eu, então olhando sob esta ótica não posso dizer que foi ruim. Fizemos uma campanha sem apoio, na cara e na coragem e o número de votos que tivemos mostra que a população quer uma renovação e isso é necessário para a política de Itajaí.

 

 A disputa voto a voto teve seus empecilhos. Itajaí teve outros candidatos fortes a deputado estadual e isso com certeza atrapalhou a minha trajetória. Se não fosse pelo número de candidaturas, poderia fazer uma votação maior.”

 

Deodato afirmou no final que os planos para o futuro já estão traçados. “Já estamos com projeto para o Executivo de 2012 e inclusive coloquei meu nome à disposição para disputar o cargo de prefeito”, complementa.

 

 

 Dado Cherem (PSDB)

“Nosso trabalho vai priorizar a transformação do Hospital Pequeno Anjo num Hospital de Alta Complexidade”.

 

“Já esperávamos uma votação acima de 50 mil votos. A experiência em uma Secretaria de Saúde do Estado é pesada, pode resultar tanto numa imagem positiva quanto negativa, dependendo da forma como se trabalha. Felizmente, a população teve a percepção de que batalhamos para executar um bom trabalho e isso refletiu na expressiva votação que realizamos.”

 

 “Além da atuação na Secretaria e como Deputado, fizemos um trabalho político partidário muito grande”, avalia.

 

Uma das metas de Dado para a região é referenciar o Hospital Pequeno Anjo, como Hospital de Alta Complexidade. “É muito perverso a criança ser separada da família num momento de doença. Então queremos transformar o Hospital num centro de referência em ortopedia, oncologia, cardiologia, por exemplo. Em breve, pretendo me reunir com algumas lideranças para estruturar este projeto”, finaliza.

 

 

Susi Bellini (PP)

“Claro que o resultado não foi o esperado, mas não posso me queixar da quantidade de votos que recebi”.

 

“Quando você disputa uma eleição sempre acredita na vitória. Tanto que esperava uma média de 4 a 5 mil votos a mais do que fiz. Só que estamos sujeitos a perder também. Mas se eu for analisar que estou há dois anos como vereadora e aproximadamente 21 mil pessoas apostaram em mim para Deputada Estadual, também não posso me queixar.  Isso sem contar o crescimento pessoal que a campanha acabou me proporcionando”.

 

Voltando à rotina, Susi aponta alguns empecilhos que no seu ponto de vista possam ter feito a diferença no resultado final. “Avalio que a decisão da minha candidatura um pouco tardia atrapalhou um pouco, pois quando fomos buscar apoio de cabos eleitorais, estes já estavam comprometidos com outros candidatos”, comenta.

 

Susi tem planos para o futuro político. “Penso sim em ir a reeleição como vereadora e quem sabe ir a Deputada Estadual novamente”.

 

 

 Volnei Morastoni (PT)

 “Em Itajaí os votos ficaram muito divididos, mas conseguimos êxito”.

 

 “Foi uma disputa acirrada, onde enfrentei candidatos de peso. Em Itajaí, posso falar que os votos se dividiram muito, mas felizmente conseguimos bom resultado”.

 

Morastoni esperava maior número de votos em Itajaí, onde fez pouco mais de 24 mil. Além dos votos divididos com outros candidatos, Morastoni acredita que polêmicas envolvendo o PT na disputa presidencial, também tiveram peso no resultado dos candidatos petistas de forma geral. “É um fenômeno que acaba sendo generalizado e isso prejudica até quem disputa uma vaga na Assembléia Legislativa. As polêmicas consequentemente reduzem a votação e sabemos que os eleitores fazem mudanças de última hora”, finaliza.

 

 

Laudelino Lamin (PMDB)

“Fui atrapalhado pelas polêmicas de última hora envolvendo meu nome”.

 

“Agradeço a todos os que acreditaram no meu trabalho durante a campanha. Acredito que os últimos acontecimentos envolvendo meu nome dias antes da eleição tenham influenciado no número de votos, sem contar no abalo emocional que acabou me causando. Mas essas são questões que, mesmo terminada as eleições, continuarão sendo investigadas”, comenta.

 

Depois deste período turbulento, Lamin só quer retomar às atividades. “Vou continuar fazendo meus projetos e me comprometer com a comunidade itajaiense, honrando meus compromissos”, afirma.

 

Questionado sobre futuras candidaturas, Lamin é categórico. “O futuro a Deus pertence. É certo que temos que fazer projetos em nível de partido, mas com certeza, sempre colocarei meu nome à disposição.”

 

 

 Candidatos a Deputado Federal

 

Marcelo Werner(PC do B)

“Plantamos uma semente para colher no futuro”.

 

“Nossa campanha foi positiva, fizemos um trabalho “ficha limpa”, sem irregularidades. Realizamos visitas, acompanhamos o eleitor e vejo que contribuímos para este processo democrático. Sabíamos que era difícil, mas mesmo nas dificuldades, obtivemos votos em 150 cidades, conseguindo estadualizar a campanha. Claro que mesmo assim, ficamos longe da vitória. Mas vejo que plantamos uma semente, que colheremos no futuro.”

 

As dificuldades não se restringiram a falta de recursos. “O assalto que tivemos no Comitê, onde perdemos todos os equipamentos e tivemos que arcar com essa despesa imprevista foi algo que atrapalhou bastante. Querendo ou não, o fator econômico é importante para dar visibilidade e colocar um grupo maior de pessoas na estrada para trabalhar e levar nossa proposta, com a produção de materiais, pois o eleitor quer receber mais informações”, explica.

 

Falar de futuras candidaturas ainda é recente. “É difícil afirmar agora, pois depende de muitos critérios. Mas tenho vontade de me candidatar novamente a Deputado Federal”, finaliza.

 

 

 Níkolas Reis (PT)

“Apesar de não ter sido eleito, não é fácil fazer 28 mil votos em Itajaí”.

 

 “Estou muito contente, pois não é fácil fazer 28 mil votos. Acredito que um município do porte de Itajaí merecia um deputado federal independente se fosse eu ou outro candidato. No fim, o município sai perdendo com isso.”

 

A questão financeira foi um empecilho, na visão de Níkolas. “Não tivemos recursos suficientes para estadualizar a campanha. Mas o pouco que tínhamos, conseguimos capitalizar e cativar o leitor, tanto de Itajaí, como de cidades vizinhas. O grande desafio daqui para frente é continuar fazendo um bom trabalho na Câmara de Vereadores, continuar cativando esse eleitor, para confirmá-lo futuramente”, finaliza. 

 

 

 Fabrício de Oliveira (PSDB)

 “Tínhamos uma estrutura modesta que se mostrou ineficiente para eleição de um deputado federal”.

 

 “Em primeiro lugar preciso agradecer a população que apostou na nossa proposta e nosso trabalho. Lamento, claro, a região não ter eleito um Deputado Federal, talvez pelo fato de haver muitas candidaturas. Mas o que importa é continuar trabalhando e batalhando pelas nossas ideias”, diz.

 

 Questionado sobre o que pode ter impedido um número maior de votos, o vereador comentou sobre a estrutura. “Trabalhamos com uma estrutura modesta, dentro do que os recursos possibilitaram, mas sabemos que para uma candidatura a deputado federal não foi suficiente”, ressalta.

 

Oliveira ainda acha cedo falar sobre uma nova candidatura. “Ainda temos eleições em 2012, então é muito recente para prever alguma coisa. Tudo vai depender do cenário político daquele momento e das decisões do partido. Enquanto isso, priorizo a continuidade dos trabalhos na Câmara de Vereadores”, comenta.

 

 

Flávio Furtado (PTB)

“É lamentável que Itajaí não consiga eleger um Deputado Federal desde 1986”.

 

“Acredito que quem tem que fazer uma avaliação sobre as eleições são os próprios eleitores e as lideranças municipais, pois a responsabilidade desse resultado  é de todos. Itajaí não elege um Deputado Federal desde 1986 e o município só tem a perder com falta dessa representatividade na Câmara dos Deputados”.

 

Quanto ao número de votos, Flávio Furtado não se considerou atrás de outros candidatos, mas não foi só a falta de recursos que acabou atrapalhando. “O PTB ainda é um partido que não existe em Itajaí, possui uma executiva provisória. Então foi um momento que eu não contei com a organização de um partido, para dar suporte a uma candidatura. Posso dizer que a minha família ajudou a fazer a minha campanha e, na falta de recursos, eu mesmo bolei o material e fui às ruas com uma equipe de dez pessoas levar a minha proposta. Pena que muitos não entenderam”, comenta.


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