sexta, 19 de abril de 2024
13/08/2010 | 00:00

O que é feito com o lixo que produzimos?

 

 

 

Gerenciar o lixo produzido é um dos grandes desafios nos últimos anos. As cidades estão em um processo de urbanização muito rápido, o que ocasiona preocupação por parte dos administradores públicos no âmbito municipal, estadual e nacional.

 

Para onde vai todo esse lixo? Segundo a FAMAI, no total, a população de Itajaí produz mais de 4 mil toneladas de lixo por mês. Para amenizar os impactos ambientais causados por estes resíduos, a Prefeitura, no ano de 2005, implantou a coleta seletiva.  O morador que separar o lixo orgânico do lixo reciclável e assinar um termo de adesão fica isento da taxa de limpeza urbana.  Uma vez por semana o caminhão da Coleta Seletiva passa em todas as ruas da cidade para realizar o recolhimento. Em 2008, eram coletadas em média 130 toneladas por mês. Em 2009 a coleta seletiva atingiu a marca de 200 toneladas. Em 2010, dados da FAMAI apontam que são coletadas 400 toneladas por mês.

 

 

A Cooperfoz, Cooperativa dos Coletores de Material reciclável da Foz do Rio Itajaí, é a responsável pelo recebimento destas 400 toneladas de lixo, onde é realizado todo o processo para a reciclagem. As cooperativas são criadas para lutar pela inclusão, formação e aperfeiçoamento de seus cooperados, buscando uma justa distribuição dos recursos financeiros que são conseguidos. Segundo o Presidente da Cooperativa, Jonatas de Souza, são 38 cooperados que trabalham na Cooperfoz, sendo que a maioria deles está em vulnerabilidade social, “alguns moram em contêineres”.

 

 

Na Cooperfoz são descarregados de sete a nove caminhões da coleta seletiva de lixo, por dia, “os cooperados realizam a triagem, a prensa e venda do lixo reciclável.” explica Jonatas. O lixo deve ser separado da seguinte maneira: plástico com plástico, papel colorido com papel colorido, vidro com vidro, metal com metal, papel branco com papel branco... Enfim, todos os materiais devem ser devidamente separados para depois serem prensados. Dois cooperados são encarregados desta função. Depois que o material estiver prensado, alguns fardos são montados. São estes fardos que são vendidos para um único comprador de Itajaí, que por sua vez, comercializa para a cidade de São Paulo. “Aqui não há uma empresa especializada que transforme todo este material em novos produtos, igual ou semelhante ao anterior”, destaca.

 

Presidente da Cooperfoz - Jonatas de Souza

 

Os benefícios da reciclagem são muitos, além de ser reduzida a quantidade de lixo que seria desnecessariamente aterrada e proteger o meio urbano do excesso de lixo, que está, por exemplo, na origem de inundações, pelo hábito da população jogar lixo nos cursos de água, são preservados recursos naturais e são gerados empregos diretos e indiretos. Já os resíduos orgânicos separados na triagem pela Cooperfoz e recolhidos pela empresa terceirizada pela Prefeitura, têm um outro destino: são encaminhados para o aterro municipal situado na comunidade de Canhanduba.

 

Os aterros sanitários, apesar de receberem licenciamento, como é o caso de Itajaí, causam impactos negativos ao solo, à água e em toda a biodiversidade local. Por isso que as cooperativas oferecem muito mais benefícios, mas é claro que só a reciclagem não resolverá por completo os agravantes da natureza, mas sem uma reciclagem e uma gestão responsável, o lixo continuará sendo irracionalmente jogado no meio ambiente e as conseqüências serão sentidas pelas futuras gerações. O ideal seria reduzir os resíduos que cada um produz..

 

Confira o vídeo sobre a Cooperfoz


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