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Geral
20/02/2020 | 10:10

Fevereiro Roxo: mês de conscientização do lúpus, fibromialgia e Alzheimer

Três doenças que não parecem ter relação entre si, porém todas são lembradas no segundo mês do ano formando a campanha Fevereiro Roxo. Assim como já tem se tornado comum, os meses ganham cores, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul para alertar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce para que o tratamento seja mais efetivo.

Apesar de tão diferentes, as três doenças possuem algo em comum: não tiveram a cura descoberta pela medicina ainda, porém é muito importante que as pessoas conheçam mais sobre elas e, fazendo exames periódicos, possam obter um diagnóstico precoce, desta forma o tratamento pode proporcionar uma melhor qualidade de vida para o paciente.

Gustavo Deboni, gerente médico do Hospital Marieta Konder Bornhausen, afirma que a falta de conhecimento sobre os sintomas faz com que a pessoa demore a procurar um médico e isso agrava o quadro. “O lúpus, a fibromialgia e o Alzheimer afetam diferentes áreas do corpo do paciente, e seus tratamentos também são distintos, porém é primordial que a sociedade volte sua atenção para doenças como essas que acabam não sendo tão divulgadas. Por não ter muitas informações, quando o paciente descobre, a doença já pode estar em nível avançado. Por isso, o Fevereiro Roxo é tão importante, para alertar para sintomas que podem passar muitas vezes despercebidos”, comenta.

 

Conheça mais sobre as doenças que integram o Fevereiro Roxo

Lúpus Eritematoso Sistêmico

O LES é uma doença rara, crônica, multissistêmica e auto-imune, ou seja, o próprio sistema imunológico ataca os tecidos saudáveis. A doença pode atingir todos os órgãos e ainda não se sabe qual a exata causa do lúpus. O diagnóstico não é fácil, e é preciso ser identificado pelo menos quatro dos sintomas a seguir:

·         Bochechas rosáceas

·         Lesões na pele que evoluem para descamação e depois fibrose

·         Úlceras orais ou nasais (geralmente indolores)

·         Fotossensibilidade (lesões pioram com exposição ao sol)

·         Artrite de duas ou mais articulações

·         Comprometimento renal

·         Comprometimento neurológico (convulsões ou psicose)

·         Anemia ou linfopenias

·         Alterações imunológicas

Diversos tratamentos podem ser utilizados como corticoides e imunomoduladores, além disso é preciso que o paciente tome algumas medidas preventivas como proteção solar, uso de vitamina D e tratamento psicoterápico. “Atividade física e o controle de doenças cardiovasculares também é importante já que estes pacientes apresentam risco elevado de infarto e AVC”, orienta Deboni.

 

Alzheimer

            O Alzheimer é a doença degenerativa cerebral mais comum relacionada ao envelhecimento. A característica básica é a perda progressiva de memória associado a perda de funções cognitivas. Primeiro o paciente apresenta perda de memórias recentes, já em um estado mais avançado, a pessoa fica incapaz de realizar qualquer função sem ajuda.

            Em até 50% dos casos, o paciente passa por quadros de depressão. Alucinações, irritabilidade e convulsão também são sintomas presentes. A doença ainda não foi completamente compreendida, porém sabe-se que existe um depósito proteico amiloide que causa a degeneração do neurônio e que existe uma influência genética.

            O tratamento atual tem como objetivo a diminuição do processo inflamatório neural. Atividades intelectuais e físicas podem ajudar muito no processo. Para o gerente médico, nos próximos anos devemos ter novidades referentes ao tratamento do Alzheimer. “Muitos estudos por laboratórios internacionais renomados estão em andamento, portanto nos próximos anos certamente teremos novidades”, afirma.

 

Fibromialgia

Essa doença é muito frequente e predomina em mulheres dos 35 aos 44 anos. No Brasil, de acordo com dados, a fibromialgia atinge até 2,5% da população. Não é fácil fazer sua identificação já que não existe uma prova diagnóstica laboratorial, sendo apenas a avaliação clínica para fazer o diagnóstico. Dor generalizada, distúrbios do sono, fadiga e alterações de comportamento estão presentes na maioria dos casos, além disso um terço dos pacientes têm sintomas relacionados à ansiedade e depressão.

 

É importante sempre estar com os exames em dia e caso perceba alguns dos sintomas citados acima, procure um médico. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mas chances o paciente tem de fazer um tratamento e ter mais qualidade de vida. 


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