sábado, 20 de abril de 2024
Geral
20/02/2020 | 10:03

Estiagem afeta produção de milho e soja em Santa Catarina

A produção de grãos em Santa Catarina será menor do que o esperado. Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), a quantidade de milho e soja produzidos em solo catarinense deve cair 2,4% e 0,5%, respectivamente, em comparação ao previsto no início da safra.

A falta de chuvas no mês de janeiro é o principal fator. As regiões mais afetadas foram de Lages (21 milímetros) e Curitibanos (104 milímetros), este último com redução na produção de -20,8% para milho e -11,2% para soja.

Já na região de Lages, as perdas estão em torno de 20% ou mais, porém ainda não computadas pela Empresa. As informações estão sendo levantadas e devem ser divulgadas em março. Apesar da queda estadual, a região de Chapecó obteve bons índices pluviométricos, e estima alta de 1,7% no milho e 11,5% na soja.

A expectativa é de que a produção de milho no Estado seja 2,6 milhões de toneladas nesta primeira safra. As principais produtoras no Estado são as microrregiões de Joaçaba (486 mil toneladas), Chapecó (383 mil toneladas) e Canoinhas (264 mil toneladas).

Santa Catarina não é autossuficiente na produção de milho, já que consome mais do que o dobro do que produz. "Os contratos futuros de compra de milho por cooperativas e agroindústrias tem sido uma boa opção, garantindo rentabilidade ao produtor e suprimento das agroindústrias", afirmou a Epagri.

Já a safra da soja 2019/2020, tem uma produção estimada em 2,4 milhões de toneladas. Mesmo com o aumento da área plantada em 1,1% na comparação com o ano passado, principalmente pela substituição de culturas de milho, arroz e feijão no Sul, o Estado deve colher 10 mil toneladas a menos do que o esperado. As maiores colheitas devem ser feitas em Canoinhas (514 mil toneladas), Xanxerê (497 mil toneladas) e Curitibanos (403 mil toneladas).


 

Alta nos preços

Em janeiro, a média mensal do preço do milho em Santa Catarina foi de R$ 40,56 por saca de 60kg, alta de 2,6% ao mês anterior e 17% em relação a janeiro de 2019. A alta da do dólar e o crescimento da demanda interna devido as maiores exportações de carne, especialmente para a China, fortaleceram o preço do grão.

O surto de Coronavírus impactou o mercado internacional da soja, refletindo nos preços da commodities em janeiro 2020. Entretanto, a alta da moeda americana garantiu a sustentação do preço do grão, que começou o mês de fevereiro custando R$ 78 a saca. 


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