A Secretaria de Saúde de Itajaí, por meio da Vigilância Epidemiológica, apresentou nesta quinta-feira (10) o plano de enfrentamento à febre amarela em Santa Catarina para setores que fazem parte da rede de vigilância de epizootias (morte de macacos) da cidade. O objetivo foi estruturar ações, estabelecer fluxos e protocolos e alinhar estratégias que orientem a atuação dos órgãos envolvidos, contribuindo para detecção precoce da circulação do vírus no município. A reunião ocorreu na sede da Defesa Civil.

O encontro foi conduzido pela médica veterinária da Vigilância Epidemiológica de Itajaí, Ana Paula dos Santos Codagnoni, e pelo gerente de Controle de Zoonoses, Lúcio Vieira. Participaram os órgãos: Defesa Civil, Instituto Cidade Sustentável, Unidade de Acolhimento Provisório de Animais (UAPA), Vigilância Sanitária, Guarda Municipal, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Ambiental, Corpo de Bombeiros, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e Adequo Equoterapia.

O plano de enfrentamento foi desenvolvido pelo Governo do Estado e é implementado pelos municípios catarinenses. Uma das ações previstas é envolver os órgãos que têm ligação com locais em que pode haver a presença de macacos para ampliar a rede de vigilância sobre a morte destes animais na cidade.

Os macacos não transmitem a febre amarela. Eles são vítimas da doença e sinalizam a circulação do vírus na região. Por isso, ao encontrar um macaco doente ou morto, estes órgãos irão comunicar a Secretaria Municipal de Saúde para que sejam tomadas as medidas cabíveis para proteger a população, como a investigação da morte do macaco e a vacinação.

Além disso, foi apresentado na reunião o SISS-Geo, um aplicativo elaborado pela Fiocruz que, a partir dos registros informados pelos usuários, gera alertas de ocorrências de agravos na fauna silvestre para a Secretaria de Saúde, especialmente os com potencial de acometimento humano.