O Semasa deu início às obras para contenção e recuperação da encosta da Estação de Tratamento de Água (ETA), no bairro São Roque, e também da encosta da Estação de Recalque de Água Tratada (ERAT) Santa Clara, no bairro Fazenda, nesta quarta-feira (10/04). O diretor-geral da autarquia, Diego Antonio da Silva, esteve no local para vistoriar os serviços, acompanhado dos engenheiros da ESE, a empresa contratada. O contrato prevê que dentro de seis meses seja feita a recuperação e o tratamento do solo para evitar deslizamentos. As técnicas incluem a construção de um muro de concreto para contenção, chamado de gabião, essencial para a resistência à erosão. Além disso, será feita a drenagem pluvial da área próxima aos reservatórios, o que evitará a movimentação do solo e garantirá segurança nas operações de tratamento e abastecimento de água.

Nestes primeiros dias, os funcionários trabalham na limpeza da encosta que fica na margem da ETA. A supressão da vegetação é feita de acordo com a autorização emitida por meio de licenciamento ambiental, conforme explica o engenheiro Eloi Ruthes: “Nossa intenção é causar o mínimo de impacto no meio ambiente e na vida da população moradora do entorno. Haverá replantio de árvores”. A área a ser reforçada com gabiões chega a 2.852 metros quadrados.

Ainda pensando em assegurar o mínimo de impacto para a população, não haverá necessidade de desocupação de moradias próximas ao local durante as obras, que serão acompanhadas pela Defesa Civil. O abastecimento também não será comprometido, salvo interrupções em casos específicos e programados.

A próxima obra a ser iniciada pelo Semasa é a recuperação e estabilização das encostas e ombreiras da barragem de cunha salina, no São Roque, e ela ainda aguarda as licenças ambientais. O canteiro de obras está montado e materiais como estacas de concreto e maquinário já estão no local. Essa será a obra mais complexa, afirma o diretor-geral, devido ao cuidado necessário com a estrutura da barragem para evitar que ocorra salinização do canal retificado do Rio Itajaí-Mirim, de onde é captada a água que abastece a maior parte de Itajaí. “O Semasa concentra todos os seus esforços na execução dessas importantes obras. Há alto risco nessas estruturas, conforme apontou o laudo da Defesa Civil Estadual, encomendado pela própria autarquia, e trabalhamos de maneira emergencial”, observa o diretor.