sexta, 29 de março de 2024
Geral
10/12/2018 | 17:33

34% dos pacientes não comparecem nas consultas com especialistas em Itajaí

As unidades de saúde de Itajaí registraram, de janeiro a outubro deste ano, um índice de 34% de faltas de pacientes em consultas com especialistas. O não comparecimento também afeta as consultas médicas nas unidades básicas de saúde: quase 20% faltam aos agendamentos. Para conscientizar esse público, a Secretaria tem investido em campanhas informativas.

Nas unidades de saúde, os profissionais tentam sensibilizar a população para que avise antecipadamente se não puder comparecer a uma consulta agendada. Neste ano, foram registradas 52.632 faltas em consultas com médicos clínicos, pediatras e ginecologistas que atendem nas unidades básicas – o número representa 16,35% do total de 269.104 consultas realizadas no período.

Sempre que possível, as unidades de saúde tentam remanejar outros pacientes no lugar dos que faltam. No caso das consultas com médicos especialistas, o remanejamento de vagas fica mais difícil se não for comunicado com antecedência mínima de 48h.

De janeiro a outubro, foram agendadas 26.822 consultas por meio do Sistema de Regulação (Sisreg). Deste total, 17.554 foram realizadas e 9.268 não ocorreram por falta do paciente (34%). As principais faltas são em consultas com neurologista (adulto), cardiologista (adulto), ortopedista, endocrinologista e proctologista.

“Esse número de faltas nos preocupa porque temos uma demanda alta por consultas especializadas, fazendo com que os usuários do SUS tenham que ficar mais tempo na fila de espera”, afirma o diretor de Regulação da Secretaria de Saúde de Itajaí, Marcelo Miles.

Além do atraso no andamento da fila, as ausências não justificadas provocam impactos financeiros com profissionais ociosos, diminuem o acesso da população aos serviços e ainda podem interromper o tratamento que está sendo feito. O prejuízo financeiro estimado com as faltas em consultas neste ano é de aproximadamente R$ 3 milhões, sendo que a consulta com médico do município custa em média R$ 50 cada.

Conscientização

Para tentar mudar esse cenário, a Secretaria de Saúde tem reforçado a conscientização dos pacientes com orientações nas unidades de saúde, além de banners e cartazes informativos. Algumas unidades também fazem mensalmente um mural com o número de faltas em consultas como forma de sensibilizar os pacientes sobre o problema.

Outra ação que o município tem reforçado é sobre a importância de o paciente manter os dados cadastrais (endereço e telefone) sempre atualizados para receber as informações sobre os agendamentos antecipadamente. A atualização dos dados pode ser feita nas unidades básicas de saúde, bem como a confecção do cartão SUS.

“Em alguns casos usamos o Whatsapp para contatar o paciente e em outros é necessário o agente comunitário de saúde ir até a casa avisar sobre o agendamento, pois o telefone está desatualizado. Sempre fazemos três tentativas de contato em horários diferentes”, explica o diretor de Regulação.


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