sexta, 29 de março de 2024
Geral
17/10/2018 | 09:50

Itajaí realiza ações de prevenção contra sífilis

Uma doença da idade média voltou a preocupar profissionais de saúde de Itajaí: a sífilis tem feito cada vez mais casos na cidade, principalmente entre jovens e gestantes. Para reforçar a prevenção e o diagnóstico precoce da infecção sexualmente transmissível, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Itajaí realiza ações nesta semana, em alusão ao Dia Nacional de Combate à Sífilis (20).

Desde segunda-feira (15), a equipe da Gerência de IST/AIDS/HV tem orientado a população sobre os sintomas e as formas de prevenção da doença, que tem cura e tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, as unidades de saúde e o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) intensificaram a oferta de testes rápidos para diagnóstico e estão reforçando os cuidados sobre a doença.

Neste sábado (20), a população também pode aproveitar para fazer a testagem e aconselhamento nas unidades de saúde, que estarão abertas das 8h às 12h e das 13h às 17h para o Dia D da campanha Outubro Rosa. A intenção é ampliar a oferta de testes para que mais pessoas possam ter acesso e, em caso de resultado positivo, fazer o devido tratamento.

Números preocupam

Em 2018, já foram registrados 389 casos de sífilis em adultos, enquanto em 2017 os números fecharam em 578 pacientes com a doença. Já o comparativo entre gestantes apresentou piora neste ano, subindo de 94 casos em todo o ano passado para 120 até o momento. Os dados de sífilis congênita, quando a mãe passa a doença para o bebê durante a gestação ou no parto, também preocupam a Secretaria de Saúde do município. Em 2018 já foram registrados 12 casos; no ano anterior esse número encerrou em 20.

“Em relação às gestantes, temos muitos casos em que a mulher faz o tratamento, mas volta a infectar com a doença, porque o parceiro não tratou ou porque não usou preservativo. Isso é muito perigoso, porque a sífilis pode causar aborto espontâneo, parto prematuro, má formação do feto, surdez, cegueira, alterações mentais, ósseas, cardiovasculares e até mesmo a morte ao nascer”, relata a diretora da Vigilância Epidemiológica, Sandra Ávila.

Sandra alerta ainda que os casos de sífilis podem atingir todas as faixas etárias e classes sociais. “No município, percebemos que jovens e universitários estão sendo mais afetados pela doença. Por ser uma doença que muitas vezes não apresenta sintomas, ela aparentemente some sozinha e volta anos depois. Às vezes a pessoa desconhece e não procura diagnóstico, em outros casos se descuida e não usa preservativo nas relações sexuais”, explica.

O que é a sífilis

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Inicialmente, seus sintomas podem passar despercebidos, porém com o avançar dos anos a doença pode comprometer vários órgãos.

O sintoma inicial da doença é uma ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele), que aparece entre 10 a 90 dias após o contágio. Normalmente não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas (caroços) na virilha. Na sífilis secundária podem surgir manchas pelo corpo e na fase terciária, anos após a infecção, o paciente pode apresentar lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.

O uso correto e regular da camisinha feminina ou masculina é uma medida importante de prevenção da sífilis. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.


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