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Geral
05/10/2018 | 15:23

Fiscalização barra 5.604 garrafas de vinho importado com risco à saúde

Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Affas) retiveram 5.604 garrafas irregulares de vinho que entrariam no Brasil, vindas da Argentina, nesta quarta-feira (03/10). A vedação do produto estava oxidada e o líquido vazava pela tampa quando virado. A falha representa tanto uma queda na qualidade do produto quanto um perigo para a saúde do consumidor, já que o vinho estava vulnerável a contaminações. As 934 caixas de bebida foram encontradas durante fiscalização em Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina, na fronteira com a Argentina.

"Toda bebida de origem vegetal no Brasil é inspecionada e fiscalizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Mapa", disse Paulo Ricardo, auditor fiscal federal agropecuário e chefe da unidade Vigiagro de Dionísio Cerqueira. "Nas importações de bebidas, os Affas lotados em portos, aeroportos e postos de fronteira coletam amostras, inspecionam e aprovam ou não a entrada desses produtos no país, especialmente vinhos", continua.

Segundo Paulo, desde o começo do ano passaram pelo porto seco de Dionísio Cerqueira 135 carregamentos de vinhos vindos da Argentina e do Chile. Durante uma inspeção, na quarta-feira, a equipe encontrou uma garrafa úmida. Com uma análise mais cuidadosa da carga, descobriu-se um grande vazamento no produto, causando perigo de oxidação e fermentação. Do total de 18.804 garrafas presentes na carga, 5.604 apresentaram o problema.

"Se esse produto chegasse aos consumidores brasileiros, poderiam causar sérios prejuízos, tanto comercialmente quanto de apreciação, pois sabemos que são bebidas caras e muito consumidas pelos brasileiros", conta Paulo. "Esse é o trabalho de excelência dos Affas lotados nos portos, aeroportos e postos de fronteiras", completa.

Além disso, a vedação inadequada pode trazer problemas de saúde. "Uma embalagem que não garante a integridade do produto, que permite a entrada de ar, vai favorecer a contaminação do vinho, provocando fermentação, acidificação e deteriorando o produto" conta Cristiane Muller, do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (SIPOV) de Santa Catarina. Cristiane diz ainda que as bebidas retidas eram da variedade moscatel, muito doce e vulnerável à fermentação.


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