Muitas pessoas acreditam que a prática da meditação irá introduzir valores espirituais em sua vida. Algumas começam a meditar simplesmente por intuírem ser uma prática que vale a pena. Outras a adotam achando que isso de algum modo vai ajudá-las a resolver seus problemas.
Qual é a essência da meditação? O que ocorre exatamente quando a praticamos? Com que propósito se deve meditar? Na língua japonesa, a palavra para meditação é meiso. Significa “fechar os olhos (mei) e pensar (so)”. Descreve como devemos praticar a meditação. O propósito de fechar os olhos é se isolar do mundo exterior. A primeira coisa a fazer ao começar a meditar é nos isolarmos de todas as influências externas – e depois “pensar”.
Pensar, neste caso, não se refere simplesmente aos pensamentos que passam pela mente ao longo do dia, que entram e saem como ondas que rebentam na praia. O tipo de pensamento que precisamos ter durante a meditação é um pouco mais profundo, buscando atingir o nível do subconsciente. Pensar é um ato de criação. Os pensamentos se tornam a nossa vontade.
Meditar é explorar o “eu interior”. Quando meditamos, puxamos as cortinas e fechamos as janelas para o mundo exterior para poder contemplar as diversas possibilidades da nossa mente. Não importa em que lugar você medita – no campo ou na cidade, em casa ou no transporte coletivo. A meditação começa no momento em que você consegue bloquear as vibrações mundanas e fica face a face com o seu “eu interior”. Explorar o “eu” dessa maneira, liberando o potencial criativo da mente, é a forma de meditar. Assim podemos buscar nosso aprimoramento e tornar nossos sonhos realidade.
*As reflexões desta coluna são extraídas de“O Milagre da Meditação”, do autor e líder espiritual japonêsRyuho Okawa (IRH Press do Brasil). Seus mais de 2.300 livros publicados, traduzidos para 30 idiomas, já venderam mais de 100 milhões de exemplares no mundo todo.