Santa Catarina registrou no primeiro semestre de 2018 uma queda em todos os índices que medem violência na segurança pública, segundo balanço do governo do Estado divulgado nesta quarta-feira (18). No período, houve diminuição considerável principalmente nos casos de homicídios, roubos e furtos. O secretário de Estado de Segurança Pública, Alceu de Oliveira Pinto Júnior, atribui o sucesso dos dados à integração entre as forças de segurança e a aplicação de tecnologia no combate ao crime.
O número de homicídios caiu 14,9%, em comparação com o mesmo período do ano passado. Passou de 517, em 2017, para 440, em 2018, voltando a patamares próximos de 2016, quando o Estado registrou 449 mortes violentas. A Polícia também constatou que o autor do homicídio tinha passagem policial em 77,9% dos casos, e a vítima, em 65% dos casos.
A queda foi significativa nas duas maiores cidades de Santa Catarina. Em Florianópolis, foram registrados 63 homicídios em 2018, diminuição de -30,8% em relação aos 91 homicídios de 2017, porém maior do que os 40 ocorridos em 2016. Em Joinville, a queda foi de -35,1%. Passou de 74, em 2017, para 48, em 2018. Em 2016, foram 52 mortes violentas.
Alceu diz que a secretaria trabalhou nos últimos meses focada em reduzir índices. Para isso, contou com novo modelo que congrega, entre outros fatores, a produção de imagens por meio de 2.800 câmeras distribuídas em 139 municípios, o trabalho conjunto entre Polícia Militar e Polícia Civil baseado em estratégias de inteligência e campanhas educativas, como o Proerd.
Para ele, é necessário tornar o Estado desinteressante para o crime organizado. A Secretaria, em parceria com outros órgãos, elaborou o Plano Estadual de Segurança Pública, um guia estratégico que vai orientar as ações futuras na área até 2023. O documento é uma exigência do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e vai facilitar a captação de recursos federais para a pasta.
"Não há solução mágica", disse o governador do Estado, Eduardo Pinho Moreira, que vai avaliar o Plano antes de torná-lo público. Para ele, a segurança não é um problema apenas da Polícia e cabe à sociedade no geral tomar ações para que contribuam com a diminuição dos números da violência. Ele disse ainda que "os investimento em segurança foram pequenos perto dos benefícios" e ressaltou mais uma vez que o setor é prioridade da sua gestão.