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29/03/2018 | 16:46

Os diferentes significados da Páscoa

Celebrada no próximo dia 1 de abril, a páscoa é vivenciada por diferentes religiões e culturas. Os católicos, luteranos e evangélicos são algumas das religiões que se envolvem mais com essa data. Para os católicos, a páscoa segue um ciclo de 50 dias, iniciando na quarta-feira de cinzas, pós carnaval. Nos primeiros quarenta dias acontece a quaresma, na qual os católicos fazem uma revisão de vida e, alguns, se privam de vícios fazendo alguma penitência e focam em seguir ainda mais os caminhos de Jesus. A quaresma é finalizada no domingo de ramos, domingo que antecede a páscoa, e inicia-se a semana santa. Na semana santa são diversas celebrações feitas pelos católicos.

''Na quarta feira os bispos celebram a missa dos santos óleos (Crisma, batismo, enfermos) e os padres renovam os seus compromissos sacerdotais. Na quinta-feira santa temos a Missa de Lava Pés, também conhecida como missa da instituição da Eucaristia. Na sexta-feira, a adoração da cruz, a partir das 15h, momento que Jesus deu o último suspiro, segundo o evangelho. A partir desse momento a igreja vive um período de luto até o sábado à noite, quando acontece o Sábado de Aleluia, ou seja, a missa da ressurreição, e a igreja acende o Círio Pascal, que representa a Luz de Cristo. Domingo é o dia da ressurreição'', afirma o Padre Antônio Braz de Oliveira, da Capelania Universitária da Univali.

Quanto aos luteranos, a igreja segue um calendário de cultos. Na sexta-feira, às 21h, haverá culto na Paróquia Evangélica Confissão Luterana de Itajaí, na Av. Sete de Setembro, esquina com a José Bonifácio Malburg, centro de Itajaí. No domingo, haverá culto às 6h, também na Paróquia. ''Temos a tradição de fazer jejum, comer coisas mais leves e fazer mais orações neste período'', afirma Anneliese Hosang Borba, secretária administrativo da Paróquia.

Os evangélicos, bem como os católicos, também celebram a morte e a ressurreição do Messias Jesus Cristo, o Cordeiro Pascoal. Entretanto, os evangélicos não utilizam de comida ou bebida, mas realizam cultos de ações de graças pela morte e ressurreição de Jesus Cristo, na qual, de forma especial, introduzem teatros, danças e pregações especiais. ''Não utilizamos uma prática específica de obrigações aos fiéis, pois entendemos que jejuns, orações e a caridade já faz parte do dia a dia do cristão'', conta o Roberto Sampaio, pastor da Assembleia de Deus - Ministério Boas Novas, localizada no bairro São Judas, em Itajaí.

Em Itajaí, a Paróquia São Cristóvão, no bairro Cordeiros, promoverá na sexta-feira (30), a partir das 18h, a 9ª edição do teatro ''A Paixão de Cristo''. O evento acontece após a ''Celebração Solene da Paixão e Morte de nosso Senhor Jesus Cristo'' que acontecerá às 15h, também na Paróquia São Cristóvão. Após o ato, a comunidade é convidada a fazer a tradicional procissão nas ruas ao redor da igreja. São esperados 3 mil fiéis no dia.

Outras cidades que encenarão a morte e ressurreição de Jesus Cristo:

Balneário Camboriú - Encenação Cristo Vive em Nós

Será no dia 30/3, no Complexo Cristo Luz, a partir das 19h.

Balneário Piçarras - Paixão de Cristo

Será no dia 30/3, na Praça da Igreja Matriz, a partir das 20h.

Itapema - Encenação da Paixão, Morte e Ressureição de Nosso Senhor Jesus Cristo

Será no dia 30/3, na Praça da Paz (Centro), a partir das 21h.

Penha - Paixão de Cristo

Será no dia 30/3, na Praça de Eventos do Centro, às 18h30.

São João Batista - Paixão de Cristo

Será no dia 30/3, na Paróquia São João Batista, às 20h.

 

Simbologia:

Ovos de chocolate e o coelho da Páscoa

Duas das maiores tradições atuais da celebração da Páscoa não estão ligadas diretamente à religião: o consumo de ovos de chocolate e a ''existência'' do coelho da Páscoa. Para entender como acabaram associados à data, vale recordar um pouco da origem da celebração, que antes de ser adaptada pelo Cristianismo para relembrar a ressurreição de Cristo, era uma festa judaica referente à saída dos judeus do Egito.

O ovo era considerado por egípcios e gregos como o símbolo da fertilidade e vida nova. Para estes povos, era uma tradição colorir ovos de galinha para comemorar diferentes datas do calendário.

A introdução dos símbolos na cultura cristã aconteceu a partir do Conselho de Nicéia, em 325 d.C, quando também se estabeleceu a data da Páscoa. À época, havia a preocupação constante em aumentar o número de fiéis e a alternativa encontrada foi adotar tradições e símbolos de outras culturas.

Não há consenso, contudo, a Associação Brasileira da Indústria de Chocolate, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB) defende versão que aponta para a comemoração do início da primavera no Hemisfério Norte, época na qual ovos de galinha eram coloridos para celebrar o fim do inverno.

O coelho da Páscoa, assim como o ovo, é visto como uma representação da fertilidade. Aos povos antigos, a figura do animal simbolizava a vida e a preservação da espécie. Segundo a ABICAB, a tradição foi trazida ao Brasil por imigrantes alemães, entre o final do século XVII e o começo do século XVIII.

 

Texto: Matheus Petter e Joca Baggio


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