quinta, 28 de março de 2024
Geral
12/03/2018 | 13:42

Balneário Camboriú: Terceira captação de órgãos deste ano foi realizada no Hospital Ruth Cardoso

Mais uma captação de órgãos foi feita no Hospital Municipal Ruth Cardoso (HMRC), neste domingo (11). Essa é a terceira de 2018 e foram captados globos oculares, pulmão, fígado, pâncreas e rins. De acordo com o Decreto Presidencial nº 9.175/2017, a destinação dos órgãos é confidencial, preservando a identificação do doador e dos receptores.

O Ruth Cardoso é o hospital catarinense com a menor taxa de negativa familiar para doação de órgãos. No ano passado, o HMRC fez 19 diagnósticos de morte encefálica e apenas três famílias negaram a doação, enquanto as outras 14 disseram sim à captação de órgãos. Também houve um crescimento na captação de órgãos de 2016 para 2017. Em 2016 foram 14 notificações de morte encefálica e 9 doações (60% de autorização). O índice de Balneário Camboriú é melhor que a média nacional, onde a negativa familiar para doação de órgãos foi de 43% em 2016.

“Não temos grandes tecnologias, mas temos uma UTI adulto que conta com profissionais extremamente competentes e uma equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) empenhada em assistir os familiares dos possíveis doadores”, disse o coordenador médico e responsável técnico da UTI, César Meirelles.

Abordagem das famílias

O HMRC e os hospitais que lidam com a doação de órgãos possuem profissionais que fazem parte da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Essa equipe é formada, no Ruth Cardoso, por um médico e quatro enfermeiros. Esses profissionais são responsáveis pela busca ativa de possíveis doadores. O possível doador é aquele paciente que tem uma lesão neurológica grave e está respirando com a ajuda de aparelhos (em ventilação mecânica).

Um dos diferenciais do hospital é o acolhimento dado às famílias durante todo o tratamento do paciente. A equipe acompanha as famílias, orientando e respondendo a todos os eventuais questionamentos que surgirem durante o processo. A doação de órgãos só é abordada após a equipe médica confirmar o diagnóstico final de morte encefálica (equipe essa que não tem relação nenhuma com a CIHDOTT. “Geralmente, nessa conferência familiar, estão presentes o médico assistente, um enfermeiro pertencente à equipe da CIHDOTT, o psicólogo e a assistente social”, explicou o coordenador da enfermagem da UTI, Grey Robson Felippi.

Doação de órgãos

Um doador pode doar coração, dois pulmões, dois rins, fígado, tecido ocular, pâncreas, válvulas cardíacas, pele e tecido ósseo. A maioria dos doadores tem entre 50 e 64 anos e, ao contrário do que se pensa, a idade avançada não é uma contraindicação à doação. Grande parte dos órgãos doados ficam em Santa Catarina, mas cerca de 25% são enviados para outros estados, como o Rio Grande do Sul e São Paulo. Em Santa Catarina, o Hospital Santa Isabel é o que faz mais transplantes: até novembro de 2017 o hospital realizou mais de 250 transplantes, grande parte deles de fígado e rins.


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