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18/01/2018 | 14:29

Balneário Camboriú: Vacina contra febre amarela será oferecida em todas as unidades de saúde

Balneário Camboriú não faz parte dos municípios com recomendação de vacinação contra a febre amarela. A vacina só é indicada para quem vai viajar para alguma região brasileira ou do exterior onde há registros da doença ou para ambientes rurais/silvestres. Apesar de Balneário Camboriú está fora da área de recomendação, nesta semana houve um aumento significante na procura pela vacina. De sexta-feira (12) até esta quarta-feira (17) foram aplicadas 780 doses da vacina no Posto de Saúde Central.

“Nossa média era de 50 vacinas de febre amarela por semana, aumentou muito. Precisamos pedir duas vezes reforço de vacinas para a Regional de Saúde. Estamos recebendo muitos turistas que vão voltar para São Paulo ou Rio de Janeiro, por exemplo, e estão vindo aqui se vacinar”, contou a diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica de Balneário Camboriú, Adriana Diogo.

Por conta da grande demanda, a partir desta sexta-feira (19), a vacinação contra a febre amarela será ampliada. Todas as unidades de saúde irão aplicar a vacina. Somente quem for viajar para o exterior terá que se vacinar no Posto de Saúde Central onde é emitido o Certificado Internacional de Vacinação. Nesse caso, é obrigatório apresentar o comprovante de viagem e também acessar o site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para realizar um cadastro. Somente moradores de Balneário Camboriú poderão solicitar o Certificado Internacional de Vacinação na cidade.

O morador do Bairro dos Estados, Lizério Engler, foi um dos que procuraram o Posto Central na manhã desta quinta-feira (18) para se vacinar. “Eu vou fim do mês para São Paulo e como lá é uma região de surto, vim tomar a vacina pra me prevenir”, falou.

Quem já se vacinou não precisa se vacinar novamente

Quem já foi vacinado pelo menos uma vez contra a febre amarela não precisa fazer uma nova visita ao posto de saúde. A avaliação sobre a vacina mostrou que uma única dose é suficiente para proteger contra a transmissão da febre amarela.

Até alguns anos atrás, a recomendação era de que a vacina fosse renovada de dez em dez anos, mas em 2014 a Organização Mundial da Saúde (OMS) mudou sua orientação quando conclui que o reforço da dose não é necessário para manter a proteção contra a doença. No início de 2017 o Brasil adotou a recomendação da OMS.

Quem não pode se vacinar

O imunizante contra a febre amarela possui o vírus vivo atenuado, que desaparece do organismo três semanas após a vacinação. Mas em determinados grupos de pacientes, como aqueles que estão com o sistema imunológico debilitado ou que têm alergias a elementos do ovo, a imunização pode causar problemas graves.

Por isso, a vacina contra febre amarela não é indicada para gestantes ou mulheres amamentando um bebê com menos de seis meses; idosos (somente com recomendação médica serão vacinados); pacientes em radioterapia, quimioterapia ou fazendo uso de corticoide, portadores de doenças autoimunes, como lúpus, doença de Addison e artrite reumatoide, são contraindicados a receber a vacina. Diabéticos com os níveis de glicemia controlados não têm contraindicação para a vacina. Já os que estiverem com altos níveis de açúcar no sangue precisam se consultar com um médico antes de se vacinar.

Crianças a partir de 9 meses de idade poderão ser vacinadas. Pessoas que pretendem doar sangue devem esperar 30 dias após a vacinação para o procedimento.

Sobre a Febre Amarela

A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.

Em Santa Catarina 192 municípios do interior do estado possuem recomendação de vacinação contra a febre amarela.

FOTO: Soraya Bogarim


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