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Geral
21/12/2017 | 16:05

2017 - Uma oposição de peso em Itajaí

Embora o Governo do prefeito Volnei Morastoni tivesse logo no início desta legislatura garantido a maioria absoluta na Câmara de Vereadores de Itajaí para conseguir aprovar o que bem entendesse, não deve ter imaginado que seria tão desgastante politicamente por conta de uma oposição “ferrenha”, que tratou logo de conseguir o apoio popular para pelo menos fazer-se ouvir junto à comunidade.
 
O governo conseguiu aprovar o que queria, mas só com a maioria dos votos. Houve momentos até que a oposição conseguiu quase reverter alguns projetos polêmicos enviados pelo governo, mas a maioria sempre prevaleceu.
 
Podemos citar alguns dos projetos polêmicos aprovados por maioria no Legislativo itajaiense, como o aumento do IPTU para 2018; aumento da alíquota do Imposto Sobre Serviço (ISS) de algumas categorias; aumento dos cargos comissionados e funções gratificadas. 
 
Outro projeto polêmico aprovado pela maioria dos vereadores foi a realocação de verbas para subsidiar a empresa Transpiedade, que mantém um contrato emergencial com a prefeitura. O valor que será pago mensalmente a partir de 2018 é o mesmo que foi negado à empresa Coletivo Itajaí. Não deu para entender muito bem porque conseguir subsídio para uma empresa que presta serviço em regime emergencial, sem licitação. A prefeitura não apresentou, pelo menos é o que vereadores oposicionistas dizem, qualquer planilha que justificasse o repasse de dinheiro público.
 
A autarquia Itajaí Participações, que por enquanto consome 80% do que recebe com o pagamento de três servidores comissionados, recebeu esse ano repasses de quase  R$ 1,5 milhão. Até agora, pelo que se sabe, não apresentou projetos que justificassem tantos recursos públicos. 
 
Entretanto, como dissemos no início, apesar de ser minoria no legislativo itajaiense, a oposição conseguiu esse ano fazer um barulho “infernal”, denunciando algumas irregularidades e conseguindo aprovar alguns projetos de interesse da coletividade.
 
No início do ano se discutia a operação com soja no Porto de Itajaí, o que acabou não acontecendo graças à forte pressão da Câmara. Na época a comissão de Portos, presidida pelo vereador Robison Coelho (PSDB), organizou uma grande audiência pública que debateu o assunto. A reunião mostrou que a comunidade de Itajaí, de maneira geral, não apoia a movimentação de soja a granel no Porto de Itajaí. 
 
Uma das ações mais comemoradas foi a extinção de mais de 300 vagas de estacionamento da Zona Azul. Graças à fiscalização dos vereadores Robison Coelho e Rubens Angioletti que constataram que o contrato da Zona Azul de Itajaí foi extrapolado, porque são cobradas mais vagas do que o previsto na licitação e permitido em contrato. Mais de 300 vagas já foram extintas e outras 297 vagas ainda seguem sendo cobradas de forma irregular. Das vagas extintas, 135 estavam em três ruas que não tinham decreto que autorizava a cobrança. 
 
Candidatos na eleição do ano que vem. Quais os nomes em destaque?
Falta menos de um ano para as eleições de 2018. Precisamente, algo em torno de 10 meses. Por isso, a partir de janeiro, a política começa a “ferver” em Itajaí e região por conta da eleição para presidente, senadores, governador, deputados federais e estaduais.
 
Itajaí hoje não tem nenhum representante no poder legislativo estadual ou federal. Péssimo para nossa representatividade política, que fica na dependência de reivindicar via deputados “paraquedistas”. Apesar de hoje estar domiciliado em Itajaí, Décio Lima se elegeu na outra legislatura por Blumenau. 
 
Quais são então os nomes que despontam para as próximas eleições?  
Para Estadual já é certa as candidaturas de Anna Carolina, pelo PSDB e Thiago Morastoni, pelo PMDB. O PP tem o nome de Jandir Bellini, ex-prefeito, como pré-candidato, mas ele tem dito que não vai disputar as eleições, que “pendurou as chuteiras da política”. Claro que tem outros nomes devem sair também, mas sem muita densidade eleitoral.
 
Para Deputado Federal o primeiro nome que surgiu foi o do atual vice-prefeito Marcelo Sodré (PDT) que teria solidificado sua possível candidatura com o apoio do partido a nível regional. Um nome que, apesar da experiência política, pois esteve envolvido em todos os governos nos últimos 20 anos, não teve uma experiência solo de urna. Será, por assim dizer, sua “primeira vez”.
 
Também devem sair candidatos a Deputado Federal o ex-vereador Osvaldo Mafra (Solidariedade), que na última eleição até que foi bem votado e possivelmente Décio Lima (PT) se não vir a a compor chapa ao governo do estado.  Vamos esperar para ver o que vai dar.•

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