sábado, 20 de abril de 2024
Geral
20/04/2017 | 09:28

Segunda principal causa de morte em pacientes com câncer poderá ser evitada

Apesar da trombose ser considerada a segunda principal causa de morte em pacientes que lutam contra o câncer, no Brasil ainda não existe um tratamento preventivo aprovado, ou seja, os pacientes são tratados somente depois que a trombose é diagnosticada. Mas esta história pode mudar: uma pesquisa clínica está sendo realizada no mundo para buscar uma alternativa aos pacientes com diagnóstico de câncer avançado. Através de um estudo, eles terão a chance de prevenir a trombose antes de iniciar o tratamento com quimioterapia, hormonioterapia ou imunoterapia, por exemplo.

De acordo com o médico oncologista do Centro de Novos Tratamentos Itajaí, Giuliano Santos Borges, um dos principais fatores de risco para ter a trombose é o câncer.  “ O câncer é um grande facilitador da formação de coágulos, principalmente nas pernas, e assim, pode se deslocar para o coração ou pulmão e parar a respiração do paciente. Hoje, 1 a cada 5 pacientes com câncer avançado evolui para a trombose, com risco de morte e agora estamos fazendo o tratamento para prevenção ”, explicou. 

O tratamento realizado de graça no Brasil  será feito através do uso diário de um comprimido, que já está aprovado há mais de 5 anos no país e é usado para outras doenças, como: embolia, em cirurgias cardíacas e trombose nas pernas. 

Se o medicamento apresentar resultados positivos, poderá ser indicado para todos os pacientes com câncer avançado, que tem maiores riscos de ter a trombose. Hoje, a indicação é para os pacientes com diagnóstico de câncer de pâncreas e estômago. Para os demais casos, serão analisados os fatores de risco. “ Este protocolo é independente do esquema de quimioterapia ou aonde o paciente faz. Então, se o paciente está fazendo de forma particular, convênio ou SUS, não impede de participar desta pesquisa”, lembrou o médico.   

Esse novo tratamento está sendo oferecido gratuitamente em todo o mundo através de pesquisa clínica e 700 pessoas deverão participar. Em Santa Catarina, a cidade de Itajaí foi a única escolhida e o atendimento é feito no Centro de Novos Tratamentos. No sul do país, o estudo está sendo oferecido também em Curitiba, Londrina, Caxias do Sul, Passo Fundo e Porto Alegre.


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