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09/02/2017 | 18:45

A história da Volvo que quase não veio para Itajaí!

Por Carlos Bittencourt

Talvez você não saiba, mas Itajaí correu um sério risco de não ser a parada da Volvo Ocean Race no próximo ano, como foi amplamente divulgado ontem e hoje, depois que representantes da Organização estiveram pessoalmente em Itajaí e Florianópolis a fim de garantir o pagamento dos royalties da competição, agora honrado pelo Governo do Estado, aravés do seretário de turismo, Leonel Pavan.

A história já tem quase um ano. Quer dizer, a enrolação já tem quase um ano. Começou quando a organização da Volvo Ocean Race definiu que Itajaí seria mais uma vez a parada da competição na América do Sul.

Pesou para Itajaí ganhar novamente, todo o trabalho realizado nas duas competições anteriores, com uma organização impecável e um público que superou em muito as expectativas em todos os sentidos, sendo um dos maiores stopovers, se comparado a outros países que sediam também a corrida.

Pois bem. Definido como sede, o município de Itajaí solicitou a verba ao governo do Estado para o pagamento dos royalties, em torno de um milhão e quatrocentros mil de euros. Isso por volta de abril do ano passado. O Governo concordou e assim, já naquela época, foi assinado um contrato entre a Organização da Volvo, a Prefeitura de Itajaí, o Governo do Estado e a Amfri, que previa o pagamento desde o ano passado de forma parcelada.

A Amfri participa do contrato porque ela é que recebe o dinheiro do Governo do Estado e repassa para a organização da Volvo Ocean Race, bem como trabalha como uma espécie de intermediária e administradora de toda a competição, já que o município e o governo não podem pagar diretamente o evento.

O problema é que mesmo com o contrato assinado, passado em cartório, etc.,. o governo do estado não liberava o dinheiro para os organizadores da competição. Foi o ano passado inteiro de troca de e-mails, reuniões com secretários estaduais, cobrando as parcelas devidas e nada do governo do estado pagar os europeus.

Coisas da política brasileira. Devo não nego, pago quando puder e quiser.

Mas os europeus não estão acostumados à desorganização. Para eles, contrato assinado vale mais do que palavra dada! E essa situação durou todo o ano passado... os organizadores cobrando, a Amfri e a prefeitura de Itajaí reivindicando o dinheiro ao governo do estado, e a situação não se resolvia...

O ano de 2017 começou. A organização da Volvo praticamente não tinha mais como voltar atrás e definir por outra parada na América do Sul, embora o não pagamento do contrato assinado dos royalties lhe permitia o cancelamento.

O negócio então foi "forçar" a barra para o cumprimento do contrato assinado. E foi assim que começou o ano de 2017 a Amfri e o novo governo municipal: cobrar do governo estadual a solução para o problema.

Até que os Organizadores da Volvo Ocean Race resolveram vir para o Brasil no início deste mês para resolver de vez a questão. Com a vinda deles, não tinha mais como "enrolar" por e-mail. O governo estadual teve que colocar a mão no bolso e pagar o que havia prometido.

Pois é. Foi assim os bastidores desta Volvo Ocean Race que vai aportar em Itajaí em abril do ano que vem. Quase perdida, mas recuperada no "apagar" das luzes.

 

Na foto, o secretário de Turismo, Leonel Pavan, entrega um papel aos diretores da Volvo Ocean Race, talvez a ordem de pagamento do tão suado dinheiro dos royalties.


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