Reivindicação antiga dos moradores de Itajaí, a Via Expressa Portuária vai sair do papel. Em reunião com a superintendência regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) nesta quarta-feira (25), o Município de Itajaí solicitou pareceres sobre as desapropriações de aproximadamente 100 imóveis que ainda estão na rota do primeiro trecho da via. Concluir as indenizações é o primeiro passo para continuidade da obra que cria uma rota exclusiva para caminhões desde a BR-101 até o Porto.

Além da urgência para conclusão das obras, a preocupação do município é com o amparo das famílias que estão ao longo do trajeto. Durante a reunião na Prefeitura de Itajaí, foi solicitada ao DNIT a revisão do Relatório Genérico de Valores (RGV) que está defasado e não oferece segurança social aos desapropriados. Além disso, a Secretaria Municipal de Urbanismo sugeriu assumir a responsabilidade pelo reassentamento habitacional das cerca de 40 ocupações irregulares. O procedimento daria mais celeridade ao andamento da Via Expressa.

Após um longo período sem avanços na questão da Via Expressa Portuária, a retomada do diálogo com o DNIT demonstra o interesse do Município em entregar esta obra à comunidade e concentrar numa rota única o tráfego de contêineres. “Nosso desafio é concluir as desapropriações num curto espaço de tempo para darmos andamento às obras”, garante Rodrigo Lamim, secretário de Urbanismo.

O primeiro trecho da Via Expressa Portuária vai desde a marginal na BR-101 até a rua Rodolfo Bosco, que vai sair na ponte sobre o rio Itajaí-mirim. As reivindicações do município serão levadas a Brasília pelo Chefe de Serviço de Desapropriação, Assentamento e Meio Ambiente da regional do DNIT em Santa Catarina, Ugo Mourão. Na reunião, que participou a equipe técnica do Urbanismo e Obras, ele se disse confiante de uma resposta resolutiva ainda neste mês.