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Geral
24/01/2017 | 18:10

Emoção na despedida do goleiro Follmann do Hospital

Um rito de passagem. O fim de um ciclo. A entrevista coletiva que o goleiro Jackson Follmann concedeu na manhã desta terça-feira (dia 24 de janeiro), ao dar alta do Hospital Unimed Chapecó, onde permaneceu 37 dias internado, foi impregnada de muita emoção.

Como um dos seis sobreviventes do acidente aéreo que vitimou 71 pessoas da delegação da Associação Chapecoense de Futebol – entre jogadores, dirigentes, comissão técnica, empresário e jornalistas – no dia 29 de novembro passado, na Colômbia, Follmann foi o último a deixar o hospital.

Acompanhado dos médicos Carolina Ponzi, Edson Stakonski, Marcos Sonagli e Juliana Foresti, o jogador era só alegria. Os pais e a companheira Andressa assistiram ao encontro com a imprensa.  (VEJA BOLETIM MÉDICO ABAIXO).

Disse estar com o “coração apertado” com a saída do hospital e fez muitos agradecimentos aos médicos e enfermeiros do Hospital. “Quero sair, respirar, comer um churrasco, conviver com minha família”.

Jackson Follmann demonstrou otimismo e força de vontade, atitude que foi determinante na recuperação dele, segundo os médicos. “O mundo não acabou. Vou sair em busca de meus projetos. Procuro a felicidade e vou sair em busca dela.”

Sobre o futuro, observou “o que eu sabia fazer era jogar futebol”. Ele espera voltar a colaborar com a Chapecoense em uma função técnica.

Uma jornalista o cumprimentou por tratar com naturalidade as marcas da tragédia (perna direita amputada abaixo do joelho, entre outras lesões) durante sua primeira aparição pública, no amistoso entre Chapecoense e Palmeiras, na Arena Condá. Ele assentiu que isso não será problema para ele. “Levo muito ao natural, porque chorando, rindo ou desesperado, a perna não vai voltar”.

Ao final da coletiva, entregou flores aos médicos e a uma representante do corpo de enfermagem, em sinal de agradecimento. Follmann pediu uma salva de palmas aos profissionais do hospital (“muitos anjos cuidaram de mim”) e foi prontamente atendido pelos jornalistas.

A emoção tomou conta de todos. “Somos treinados para lidar com outro tipo de dor”, explicou a diretora hospitalar Carolina Ponzi, “não exatamente com a dor da comoção”.

O goleiro ainda cantou – a pedido de um repórter – para encerrar a coletiva, recebendo muitos aplausos.

Follmann viaja ao Rio de Janeiro onde assiste ao amistoso Brasil X Colômbia em favor das vítimas da Chapecoense nesta quarta-feira e depois segue a São Paulo, onde inicia na segunda-feira (30) os procedimentos para a instalação de uma prótese para a perna direita no Centro Marian Weiss, especializado em amputados.


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