Após sete dias em coma, em decorrência de uma parada cardíaca, o artista plástico Mauro Caelum passa a dar um novo tom ao seu trabalho. Novas formas e traços nascem em suas obras e dessas novas imagens surgem os quadros, esculturas e desenhos que passam a compor a exposição “Meus traços são veias que bombeiam um coração reciclado”. A abertura acontece nesta terça-feira (06), às 19 horas, na Casa da Cultura Dide Brandão, em Itajaí.

A proposta da exposição é exibir as obras criadas a partir de 2012, período de recuperação do artista, em que a utilização da cor vermelha passa a ter predominância e novos aspectos relacionados à sua experiência de quase morte passam a compor o trabalho. “Durante este período, por conta dos remédios, tive algumas, digamos, visões e tive a oportunidade de conhecer um ‘outro lugar’, impressão esta que compõe as minhas obras. Como a escolha da cor, que faz referência às veias do meu ‘coração reciclado’”, explica Mauro.

O resultado deste momento ímpar na vida do artista pode ser conferido na exposição “Meus traços são veias que bombeiam um coração reciclado”, que fica aberta à visitação até o dia 30 deste mês, das 8h às 22h. A Casa da Cultura de Itajaí está situada na Rua Hercílio Luz, 323, no Centro da cidade. Para mais informações acesse: Facebook.com/maurocaelum.

Sobre o artista

Mauro Sérgio Santos (Mauro Caelum) nasceu em 1958 e, apesar de ser natural de Tijucas, vive em Itajaí desde sua infância. A arte sempre esteve presente em sua trajetória de vida, desde a época em que trazia para casa materiais recicláveis que futuramente viriam a inspirar o imaginário de suas obras. Começou a produzir peças com objetos previamente descartados e agora reutilizados que acumulava em sua residência no ano de 1992, sendo esse o começo de sua trajetória artística à qual passou então a se dedicar exclusivamente.

Trabalhou no projeto Arte nos Bairros e com instituições de sua cidade adotiva, como a FAMAI, lecionado sobre o seu processo de criação e estimulando novas sensibilidades aos seus alunos. Desenvolve seu trabalho abordando a temática socioambiental aplicada às artes plásticas, dando um papel destacado ao engajamento do artista dentro da sociedade.

Nos últimos anos, participou de exposições coletivas e individuais nas quais destacam-se: “Pretexto: Arte na Cidade”, com realização do SESC (2013), e “Caelum” na Casa da Cultura Dide Brandão, Câmara de Vereadores de Itajaí e Mercado Público Municipal de Itajaí (2014). Em 2013 lança o livro “Caelum: Filosofia, Arte e Meio Ambiente” sobre seu processo de trabalho. Em 2014 assina o cenário e materiais de cena do espetáculo teatral “AsMaricota” e materiais de cena do espetáculo “Tomara que não chova! Ou a incrível história do homem que se transformou em cachorro” de autoria da Téspis Cia. de Teatro. Em 2015 assina o cenário do DVD do grupo musical Tarrafa Elétrica e estampa suas obras na capa do CD do cantor itajaiense Chico Preto. Ainda em 2015, participa do projeto Intervenções Urbanas da Eranos Círculo de Arte com a intervenção artística “Figuras da Alma”.