quinta, 28 de março de 2024
Geral
03/03/2016 | 09:24

Formulação para prevenir queimaduras por água-viva deve ser apresentada à indústria farmacêutica

Mais de 90 banhistas foram vítimas de água-viva na região de Itajaí só neste verão. Os dados são da Operação Veraneio, do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. As ocorrências de queimaduras ocasionadas por águas-vivas são comuns no litoral norte catarinense, mas os números devem cair na próxima temporada de verão. Pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) avaliariam uma formulação que pode prevenir estes ataques.

A pesquisa avaliou as propriedades bioquímicas e atividades biológicas que levam a inibição de envenenamentos em diferentes espécies de águas-vivas. Nesse processo foi possível identificar formas de reproduzir o efeito em humanos. Segundo o pesquisador do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental da Univali, Charrid Resgalla Júnior, uma água-viva não oferece perigo de envenenamento para outra água-viva:

— Propomos uma formulação de uso tópico. Para muitos banhistas será o fim do incômodo causado pelas medusas.

A proposta é de autoria de Fabiana Figueredi Molin de Barba e foi apresentada como tese de doutorado no Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental. Os pesquisadores ainda mantém a formulação do composto em segredo, mas devem apresentar para indústrias de cosméticos ou farmacêutica em breve.

O estudo demonstrou que a vaselina líquida reduz em até 84% a dor após a exposição aos tentáculos de medusas da espécie Olindias sambaquiensis. Outra substância que apresentou redução na dor percebida foi o creme neutro com cânfora, com 76%.

Abraço da medusa

Às vezes, entrar no mar pode ser perigoso. Na região de Itajaí, os atendimentos de vítimas de águas-vivas fazem parte da rotina de salva-vidas. Em alguns postos do Corpo de Bombeiros Militar, o vinagre é usado para aliviar a dor após o ataque de medusas. Só nesta temporada, a corporação registrou 93 atendimentos de lesões causadas pelas temidas bailarinas do mar.

Os dados são da Operação Veraneio e correspondem ao período entre o dia 1º de outubro do ano passado até esta semana. O número de queimaduras de água-viva nas praias de Itajaí e região foram ainda mais comuns do que queimaduras provocadas por raios de sol ou insolação. Destes, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina não registrou ocorrências nesta operação.


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